Política

MDB fecha questão: Janaína Riva assume partido para empurrar Wellington Fagundes ao governo em 2026

Sigla descarta Pivetta, Jayme Campos e Carlos Fávaro, ligado ao PT, e aposta todas as fichas no senador do PL

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA 21/08/2025
MDB fecha questão: Janaína Riva assume partido para empurrar Wellington Fagundes ao governo em 2026
Nos bastidores, a mensagem é cristalina: o MDB não vai se alinhar a projetos de outros nomes que sonham com o governo | Página 12

A eleição da deputada estadual Janaína Riva para a presidência do MDB em Mato Grosso marcou uma verdadeira virada de mesa na política estadual. Nora do senador Wellington Fagundes (PL), ela assume o comando do partido com uma missão clara: transformar a legenda em trincheira eleitoral para levar o sogro ao Palácio Paiaguás em 2026.

Nos bastidores, a mensagem é cristalina: o MDB não vai se alinhar a projetos de outros nomes que sonham com o governo. Estão fora do radar: o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), o senador Jayme Campos (União Brasil) e o ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD), rechaçado pela ligação com o PT e o presidente Lula.

O discurso emedebista é de independência e protagonismo: ao invés de servir como linha auxiliar de candidaturas externas, o partido agora busca se consolidar como base de apoio decisiva para o projeto de Wellington Fagundes.

A convenção estadual desta quinta-feira (21), realizada na sede da AMDEPOL em Cuiabá, encerrou os mais de 30 anos de domínio de Carlos Bezerra no MDB. Sob aplausos, Bezerra passou o comando a Janaína, que celebrou a “realização de um sonho” e defendeu que a legenda deve “deixar de apoiar para ser apoiada”.

“O partido está em boas mãos. Janaína é competente e preparada. Eu saio, mas não me aposento. Continuo dando meus pitacos”, disse Bezerra.

Com a nova executiva formada por deputados estaduais, federais, prefeitos e lideranças regionais, o MDB dá início a um reposicionamento eleitoral inédito. O partido, que historicamente oscilou entre alianças com diferentes grupos, agora fecha o cerco: tudo gira em torno de 2026 e da candidatura de Wellington Fagundes ao governo.

Pesquisas internas, segundo aliados, colocam o MDB “bem posicionado em qualquer cenário”, e a estratégia é usar a máquina partidária para fortalecer a base na disputa do ano que vem.