Polícia

Escândalo na segurança: presas com 250 anos de condenação fogem em Cuiabá

Fuga expõe fragilidade do sistema prisional: detentas de alta periculosidade, com centenas de anos de condenação, escapam de penitenciária em Cuiabá

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM POLÍCIA PENAL-MT 17/08/2025
Escândalo na segurança: presas com 250 anos de condenação fogem em Cuiabá
Duas criminosas de alta periculosidade, conhecidas como Angeliquinha e Arlequina, conseguiram fugir da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá | Polícia Penal-MT

A madrugada deste domingo (17) revelou mais um grave episódio de falha na segurança pública em Mato Grosso. Duas criminosas de alta periculosidade, conhecidas como Angeliquinha e Arlequina, conseguiram fugir da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, escancarando vulnerabilidades do sistema prisional do estado.

As fugitivas

Angélica Saraiva de Sá, 34 anos, a “Angeliquinha” – apontada como líder criminosa no Norte de Mato Grosso, acumula condenações que ultrapassam 250 anos de prisão, por crimes como homicídio, tráfico de drogas e organização criminosa.

Jéssica Leal da Silva, 36 anos, a “Arlequina” – considerada liderança do tráfico na região de Juína, responde a diversos processos criminais.

Em nota oficial, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (SEJUDH) confirmou a fuga e informou que abriu investigação interna para apurar as circunstâncias do caso. A Corregedoria-Geral e o setor de Inteligência estão à frente das apurações.

Equipes do Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas (SOE) foram mobilizadas para reforçar a segurança da unidade e auxiliar nas buscas. A Polícia Civil e a Polícia Militar também participam da operação para recapturar as fugitivas.

A SEJUDH pede apoio da população e reforça que todas as informações repassadas serão mantidas em sigilo. Os canais disponíveis são: Disque-Denúncia da Polícia Civil: 197 e WhatsApp da Polícia Penal: (65) 98126-0185

A fuga de duas das criminosas mais perigosas de Mato Grosso gera forte repercussão e levanta questionamentos sobre as condições de segurança e vigilância da penitenciária feminina de Cuiabá. Especialistas apontam que casos como este reforçam a urgência de investimentos em tecnologia, capacitação de agentes e revisão dos protocolos de custódia para evitar novas evasões.

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