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Operação Predatorius II: PF desmonta fraude de R$ 65 milhões contra a Caixa e prende advogado e empresário

Entre os alvos está o empresário J. M. M. N., sócio da Construtora São José, que teve endereços e bens vasculhados

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM PF-MT 27/08/2025
Operação Predatorius II: PF desmonta fraude de R$ 65 milhões contra a Caixa e prende advogado e empresário
Em Mato Grosso, a Operação Gadalias apura um rombo de R$ 7,9 milhões em empréstimos e financiamentos imobiliários fraudulentos | PF-MT

A Polícia Federal desencadeou nesta quarta-feira (27) uma ofensiva nacional que escancarou fraudes milionárias contra a Caixa Econômica Federal, avaliadas em mais de R$ 65 milhões.


As ações, batizadas de Operação Predatorius II e Operação Gadalias, ocorreram em Cuiabá, São Paulo e Distrito Federal, com prisões, bloqueio de valores e apreensões em cartórios.

No Distrito Federal e em São Paulo, a Operação Predatorius II revelou um golpe cinematográfico que tentava levantar R$ 57 milhões em precatórios judiciais com procurações falsas lavradas em cartórios.

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Em 2024, um advogado e um comparsa já haviam sido presos em flagrante quando tentavam efetuar o saque milionário.

Nesta nova etapa, a PF cumpriu 5 mandados de busca e apreensão, 2 prisões preventivas e determinou o bloqueio dos R$ 57 milhões, impedindo que o dinheiro fosse desviado.

Em Mato Grosso, a Operação Gadalias apura um rombo de R$ 7,9 milhões em empréstimos e financiamentos imobiliários fraudulentos.

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Segundo a PF, os criminosos utilizavam matrículas de imóveis adulteradas e simulavam transações para enganar o banco.

Entre os alvos está o empresário J. M. M. N., sócio da Construtora São José, que teve endereços e bens vasculhados.


Equipes da PF foram vistas deixando o 2º Ofício de Cuiabá carregando pilhas de documentos apreendidos. Ao todo, foram 5 mandados de busca, sendo 3 em cartórios. A Polícia ressaltou que as serventias não são investigadas, mas foram essenciais para reunir provas do esquema.

De acordo com a investigação, os envolvidos poderão responder por:estelionato majorado, fraude para obtenção de financiamento e associação criminosa.

As operações nasceram de análises da Central de Segurança da Caixa, que identificou movimentações suspeitas e acionou a Polícia Federal.