Polícia
Em mais de sessenta anos de existência, o Tribunal de Contas de Mato Grosso nunca conviveu com tamanha aberração da maioria dos seus ex-conselheiros estarem envolvidos com alguma forma de fraude, corrupção e/ou crime.
É certo que, já se flagraram casos de má conduta individual nesses longos anos de existência da instituição. Agora, a atual safra da última década(que foram expulsos por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Fux) bateu todos os recordes e superou as piores expectativas.
Desde quando a justiça afastou o ex-conselheiro Humberto Bosaipo – acusado de uma dezena de infrações penais – e posteriormente afastou os outros conselheiros José Carlos Novelli, Valter Albano, Waldir Teis e Sérgio Ricardo e Antônio Joaquim, o Tribunal passou a ficar na ‘berlinda’ e a maioria dos seus conselheiros são investigados ora pela Polícia Federal, ora pelo Ministério Público Federal ne Estadual.
O ex-presidente, Antônio Joaquim Moraes Rodrigues Neto, é o que parece com a ficha mais longa. Ele está sendo investigado em diversos crimes – todos tipificados no código penal brasileiro – mas, o mais conhecido da imprensa e da sociedade mato-grossense é a extorsão no valor de R$ 53 milhões contra o ex-governador Silval da Cunha Barbosa(MDB) quanto comandava o executivo estadual.
Além dele os outro quatros exs-conselheiros também são acusados. Joaquim foi afastado de suas funções a mando do ministro do STF, através da operação Malebolge da Polícia Federal. Era o dia 14 de Setembro de 2017, uma sexta feira. No último dia 19 outra ‘bomba’ também ecoou sobre o TCE: o pagamento de 14 diárias para Antônio Joaquim para participar entre os dias 19 a 22 de janeiro de 2015 do XII Encontro Internacional de Juristas(Juristas pelo Mundo) na cidade de Granada, na Espanha.
Acontece que ele recebeu diárias para 14 dias e recebeu, na época, R$ 23.660,00 mil.
O promotor Clóvis de Almeida Júnior, do núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, do Ministério Público de Cuiabá abriu inquérito civil público contra o conselheiro.
Mas, além de Antônio Joaquim o Página 12 teve acesso que outro conselheiro afastado, Waldir Júlio Teis também recebeu 14 diárias para participar do mesmo Congresso de apenas 3 dias. E o valor recebido por Teis é o mesmo pago a Joaquim. O MP também deve investigar a fraude.
12-Demonst.-A.-O.-M.-R.-a-Diárias-Concedidas-2015
Granada
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