Nos últimos 20 anos, a atuação do representante da igreja Assembleia de Deus na Assembleia Legislativa de Mato Grosso mostrou-se com bastante força no noticiário estadual. A igreja, conjuntamente com os pastores, conseguiu avançar em propostas mais conservadoras e de interesse da sociedade evangélica.
Mas, a cúpula e os féis da igreja no estado só não sabiam e que o seu representante oficial no poder legislativo estadual estava traindo a ética, os conceitos e a moral do que é ensinado em seus cultos.
O representante, nesse caso, é o Deputado Estadual, Sebastião Resende. Engenheiro Civil e advogado por formação, Resende foi acusado pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa José Geraldo Riva(sem partido) de ter recebido a título – de propina – o valor de R$ 7.520 milhões.
A acusação contra o parlamentar evangélico está acostada na delação do ‘baixinho´ junto ao Ministério Público Estadual. Além do Deputado Resende, Riva acusou mais 37 Deputados Estaduais e três ex-governadores.
Segundo José Riva, houve um desvio de mais de R$ 213 milhões durante os 20 anos em que comandou o poder legislativo. Após a delação feito junto ao MP, o acordo agora precisa ser homologado pelo judiciário mato-grossense e está nas mãos do Desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Marcos Machado.
Diante de tudo que vem acontecendo no cenário político mato-grossense, a delação de Riva são histórias estranhas ou mal contadas, e que, aparentemente, só os políticos são capazes de produzir - e que, de tão singulares, eles também se complicarão muito na hora de explicarem.