Polícia

Veja Fotos: Quem é o vereador de Cuiabá, o DJ, o empresário, e as Casas Noturnas alvos da PF e que atuavam para o Comando Vermelho

Entre os alvos está o vereador de Cuiabá Paulo Henrique (MDB), o DJ Everton Muniz, o Everton Detona e o empresário Willian Aparecido da Costa Pereira, o 'Gordão'

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM PF-MT/COM PC-MT 05/06/2024
Veja Fotos: Quem é o vereador de Cuiabá, o DJ, o empresário, e as Casas Noturnas alvos da PF e que atuavam para o Comando Vermelho
É certo que o poder do CV já era conhecido, mas foi a primeira vez que o estado conheceu a atuação da facção na política, gerando uma dimensão sem precedentes | Câmara de Cuiabá

A Operação Ragnatela feita na quarta-feira (05) pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) e que envolveu a Polícia Federal, Polícia Civil, Militar e Penal, cumpriu mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, sequestro de bens, bloqueio de contas bancárias e afastamento de cargos públicos.

Entre os alvos está o vereador de Cuiabá Paulo Henrique (MDB), o DJ Everton Muniz, o Everton Detona e o empresário Willian Aparecido da Costa Pereira, o 'Gordão'. Também foram alvos as Casas Noturnas Dallas Bar e Strick Pub.

null
DJ Everton Muniz, o Everton Detona
Divulgação
Empresário Willian Aparecido da Costa Pereira, o 'Gordão'
null
Dallas Bar

O chefe do cerimonial da Câmara de Cuiabá foi preso preventivamente. Um policial penal e um fiscal da prefeitura foram afastados do cargo e segundo a Polícia federal também pertencia ao núcleo criminoso. Ao todo, oito pessoas foram presas, 36 mandados cumpridos, nove sequestros de bens imóveis e 13 de veículos; e ainda duas ordens de afastamento de cargos públicos (policial penal e fiscal da prefeitura), quatro suspensões de atividades (casa de shows) e bloqueios de contas bancárias foram cumpridos pela Ficco.

Paulo Henrique foi líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara entre 2023 e o início de 2024. E segundo investigações da Polícia Federal ele teria receberia benefícios do Comando Vermelho.

A Polícia Federal também afirma que, uma das casas noturnas foi comprada pelo Comando Vermelho por R$ 800 mil, e teria sido pagos em espécie.

A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeado pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promotores de eventos.

Foi identificado também que os integrantes da facção repassaram ordens para que não fosse contratado artista de São Paulo, tendo em vista ser o estado de outra facção, possivelmente, rival da que atua no estado de Mato Grosso. Por conta dessa ordem, o artista conhecido como MC Daniel foi hostilizado durante a realização de um show em Cuiabá, em dezembro de 2023, e teve que sair escoltado do local.

O integrante da facção que promoveu o show foi punido pelo grupo com a pena de ficar sem realizar shows e frequentar casas noturnas em Cuiabá, pelo período de dois anos.

Durante a Operação da Ficco, outras três casas de shows tiveram as atividades suspensas e contas dos alvos foram bloqueadas.

Os criminosos contavam com apoio de agentes públicos, que fiscalizavam os locais e expediam licença para a realização dos shows sem a documentação necessária.

O vereador Paulo Henrique atuava em benefício do Comando na interlocução com os agentes públicos, recebendo dinheiro em espécie.