Polícia
Veja Fotos e Vídeo: Defensor público, procurador e suspeito... as vítimas das agressões gratuitas da PM em Mato Grosso, por quê?
Tanto o suspeito, como o defensor e o procurador foram levados para a Delegacia de Polícia
"Eu não consigo respirar."
Há menos de 24 horas da cenas repugnantes de violência gratuitas de Policiais Militares, esmurando um rapaz em próximo a um restaurante na praça popular, em Cuiabá, casou espanto e perplexidade na sociedade matogrossense e no 'staff' no Governo de Mato Grosso e na própria corporação da Polícia Militar.
O rapaz gritava por socorro ao ser imobilizado por policiais militares durante uma abordagem no estabelecimento comercial. Ele foi esmurrado por outros PMs ao ser levado de camburão.
As cenas causaram revolta entre as testemunhas que estavam no restaurante. Entre eles o defensor público, André Rossignolo, e o procurador do estado, Daniel Gomes. Os dois também foram vitimas de agressões, socos e empurrões e foram levados algemados dentro das viaturas.
Tudo começou, segundo o defensor e o procurador, quando eles estavam no restaurante conversando com amigos, quando um homem entrou no local pedindo por socorro.
Logo em seguida, entrou três policiais militares dentro do estabelecimento e imobilizaram o homem.
O defensor nesse momento começou gravar a ação dos PMs com o celular e questinou a forma como a abordagem estava sendo conduzida.
O defensor teria se apresentado como servidor do estado e tentou controlar a situação, mas teve o celular apreendido pela equipe de PMs. Já do lado de fora do restaurante, o foi algemado e colocado no camburão. O procurador também foi preso e algemado.
Tanto o suspeito, como o defensor e o procurador foram levados para a Delegacia de Polícia.
Na Central de Flagrantes o delegado de plantão disse que não encontrou provas de crimes praticados por eles". O suspeito abordado foi encaminhado ao hospital com escoriações no rosto e o ombro deslocado.
Na delegacia, os PMs militares afirmaram que foram acionados, pois o suspeito estava "causando tulmuto pelo local e assediando mulheres".
A Polícia Militar abriu uma sindicância para apurar a conduta dos PMs durante uma abordagem.
O caso aponta para problemas estruturais das forças de segurança e da sociedade brasileira, como falta de treinamento, controle e tolerância, além de estímulo a abusos e a violência policial como plataforma.
É o problema principal é a falta de treinamento para lidar com conflitos envolvendo cidadãos comuns, desarmados e sem vínculos com o crime.