Polícia
PM ASSASSINO DENUNCIADO: Militar que executou a esposa com três tiros diante dos filhos será expulso da corporação
O Ministério Público de Mato Grosso formalizou a denúncia nesta semana e solicitou a expulsão imediata do policial da corporação

Ricker Maximiano de Moraes, policial militar de Mato Grosso, foi denunciado por feminicídio qualificado após assassinar a esposa, Gabrieli Daniel de Sousa, com três tiros à queima-roupa, na frente dos filhos do casal, de apenas 2 e 5 anos.
O crime bárbaro ocorreu no dia 25 de maio, dentro da residência da família, no bairro Praeiro, em Cuiabá.
O Ministério Público de Mato Grosso formalizou a denúncia nesta semana e solicitou a expulsão imediata do policial da corporação, além da perda da graduação militar, como medida de justiça e reparação. A Corregedoria-Geral da PM foi notificada para adotar providências.
Segundo as investigações, o PM disparou contra Gabrieli no rosto, tórax e joelho, provocando morte imediata por choque hemorrágico. Laudos periciais confirmam que a vítima foi surpreendida, sem qualquer chance de defesa — o que agrava ainda mais a brutalidade do crime.
Após cometer o assassinato, Ricker fugiu levando os filhos e os abandonou na casa dos avós paternos. Horas depois, se entregou à polícia.
Na denúncia, o Ministério Público incluiu as seguintes qualificadoras: Feminicídio com base na violência doméstica; Crime cometido na presença de descendentes; Uso de meio que dificultou a defesa da vítima; A condição da vítima como mãe de crianças pequenas.
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FEMINICÍDIO NA PM Policial Militar mata esposa com três tiros e PM é acusada de atrapalhar investigaçãoAlém da condenação criminal pelo Tribunal do Júri, o MP requer: Expulsão definitiva da Polícia Militar; Reparação por danos morais e materiais às vítimas; Adoção de medidas disciplinares imediatas; Apuração sobre possível fornecimento irregular da arma usada no crime.
Também foram solicitadas perícias complementares, certidões, antecedentes e análise de dados do celular do acusado.
A morte brutal de Gabrieli Daniel de Sousa, diante dos próprios filhos, escancara mais uma vez a trágica realidade do feminicídio no Brasil, inclusive cometido por agentes públicos armados e treinados.
Agora, a sociedade e a família da vítima aguardam que a Justiça atue com firmeza para que esse assassino fardado não tenha qualquer tipo de privilégio ou blindagem institucional.