Polícia
Plano diabólico: marido executa psicóloga em MT, encena suicídio e cai em contradições
Polícia desmascara farsa armada em cena de crime; Justiça mantém assassino preso para proteger a sociedade

Um crime macabro e repleto de detalhes sórdidos choca Sinop (500 km de Cuiabá). O empresário Fábio Teixeira Santin, 44, está preso preventivamente após a execução brutal da esposa, a psicóloga Janaina Carla Portela Santin, 43. A Justiça apontou que ele não só matou a companheira com um tiro na cabeça, como também tentou transformar a tragédia em uma cena de falso suicídio.
Segundo a Polícia Civil, Fábio criou um verdadeiro teatro do horror. Alterou a posição do corpo, espalhou cápsulas de munição pela casa e até disparou contra a própria perna para tentar se passar por vítima. A perícia desmontou a versão do suspeito ao constatar a ausência de sinais típicos de suicídio, como o tiro encostado, e identificar inconsistências na dinâmica apresentada por ele.
“O que temos aqui é um feminicídio claro, com tentativa de enganar a investigação e a sociedade”, cravou o delegado Ugo Mendonça.
Na residência do casal, no Residencial Delta, os peritos encontraram ao menos seis disparos, uma pistola calibre .380 e um carregador com 14 munições intactas. Janaina morreu na hora, enquanto o marido se fazia de vítima diante das autoridades.

A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, ao converter o flagrante em prisão preventiva, destacou a periculosidade de Fábio e negou o pedido de prisão domiciliar. “O crime foi cometido com brutalidade dentro do lar e o acusado tentou manipular provas. Sua liberdade representa ameaça à ordem pública”, afirmou no despacho.
Janaina era uma profissional respeitada em Sinop, defensora da saúde mental e da valorização da vida. Mãe de dois filhos, agora órfãos, a psicóloga era sócia do próprio assassino em um negócio na cidade.