Polícia

Veja quem é a médica de MT que foi o pivô do assassinato do amante e apagou provas no hospital; marido mandante é preso

Investigação revela que médica mantinha relacionamento com a vítima e agiu para ocultar o crime em Sorriso, MT

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM PC-MT 15/07/2025
Veja quem é a médica de MT que foi o pivô do assassinato do amante e apagou provas no hospital; marido mandante é preso
O crime, que inicialmente foi tratado como uma briga de bar, acabou desvendado como homicídio passional premeditado | Rede Social

A médica ginecologista Sabrina Iara de Mello está no centro das investigações que apuram o assassinato de Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, morto a facadas em março deste ano em Sorriso,MT. A Polícia Civil aponta que Sabrina mantinha um relacionamento amoroso com Ivan e participou ativamente da tentativa de ocultar provas do crime.

O marido dela, o empresário Gabriel Tacca, foi preso na terça-feira,15, acusado de ser o mandante do homicídio.

A vítima, que morava em Tapurah, era considerada amiga íntima do casal. Sempre que vinha a Sorriso, se hospedava na residência dos dois. O vínculo de confiança, porém, terminou em tragédia.

De acordo com o delegado Bruno França, ao descobrir o caso extraconjugal, Gabriel contratou o comerciante Danilo Guimarães para matar Ivan. O crime ocorreu dentro da distribuidora de bebidas de propriedade do empresário. Câmeras de segurança mostram o momento em que Ivan é atraído ao local e atacado de surpresa, pelas costas.

Gravemente ferido, ele foi levado ao Hospital 13 de Maio e permaneceu internado até morrer, em 13 de abril.

Menos de cinco minutos após a chegada de Ivan ao hospital, Sabrina apareceu na unidade afirmando ser apenas amiga da vítima. Segundo as investigações, ela se aproveitou do acesso ao leito e pegou o celular do amante. Nos três dias seguintes, deletou mensagens, fotos e um vídeo que expunham o relacionamento e a ligação entre Ivan, ela e o executor do crime.

PC-MT/COM GAZETA DIGITAL
PC-MT/COM GAZETA DIGITAL

O telefone só foi entregue à família após as exclusões. Questionada, a médica alegou que agiu para “proteger a vítima”. Ainda assim, continuou visitando Ivan mesmo depois que ele, já consciente, pediu que fosse proibida de entrar no quarto.

O delegado Bruno França afirmou que a médica foi a principal responsável pela fraude processual que buscava encobrir a autoria do homicídio. “Ela cometeu uma série de atos para esconder da Polícia a realidade dos fatos”, declarou.

Durante a operação batizada de Inimigo Íntimo, deflagrada nesta terça-feira, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária contra o empresário Gabriel Tacca e o comerciante Danilo Guimarães. A médica foi alvo de buscas, e os aparelhos eletrônicos dela foram apreendidos. Apesar de investigada, Sabrina permanece em liberdade até nova deliberação judicial.

O crime, que inicialmente foi tratado como uma briga de bar, acabou desvendado como homicídio passional premeditado.

A Polícia Civil segue com as investigações para reunir provas complementares e esclarecer toda a dinâmica do assassinato.