Em apelo dramático feito nesta terça feira,09, em entrevista coletiva virtual, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, alertou para falta de leitos da Unidade de Terapia Intensiva(UTIs) na rede publica de todo o Estado. Com menos de 100 vagas disponíveis nos Hospitais Públicos, o secretário adverte que eles serão preenchidos em pouquíssimos dias.
“Pode acontecer de hoje mesmo não termos nenhum leito mais à disposição no Hospital Metropolitano ou nos de Cuiabá, porque não para de chegar gente infectada. E mesmo assim, tem gente fazendo festa, andando na rua, visitando amigos. Estamos em uma situação muito ruim. Se você quer correr o risco, você será um paciente que não vai ter respirador a seu favor. Daqui a pouco, só teremos leitos de enfermaria e com pacientes morrendo sem respiradores. Não temos UTI e nem respiradores para todo mundo”, ponderou o secretário.
Os quatros maiores hospitais privados de Cuiabá Santa Rosa, São Mateus, Hospital Jardim Cuiabá e Clinica, não irá conseguir. Pois não há mais vagas.
Os Hospitais colapsaram na manhã de terça feira, 09, e os hospitais estão tentando internar os pacientes que colapsaram as suas unidades, para hospitais públicos estaduais ligado ao Sistema Único de Saúde(SUS).
O problema e que dois hospitais que atendem os pacientes da Covid 19, Santa Casa de Cuiabá e Metropolitano, o sistema também colapsou na manhã de terça, 09, e não mais vagas.
Segundo o secretário, o acelerado crescimento no número de casos da Covid-19 em Mato Grosso fez a taxa de ocupação dos Hospitais Estaduais crescer abruptamente nos últimos dias. O Boletim Informativo de segunda-feira (08) registrou 4.243 pessoas infectadas e 126 óbitos em decorrência da doença.
“Em média, crescemos 5% ao dia, em poucas semanas estamos quase exaurindo os leitos de UTI. Não haverá leitos suficientes de UTI para atender a todos”, disse o secretário.
O rápido crescimento no número de casos também está relacionado ao comportamento da sociedade e ao retorno de parte das atividades econômicas no Estado, o que permitiu a reabertura de estabelecimentos de diversos seguimentos. Com isso, subiu o número de pessoas que circulam no comércio e demais espaços públicos e consequentemente aumentou o contato físico entre as pessoas.
Outra situação destacada pelo gestor foi a falta de empenho de gestores municipais que não realizaram a preparação das suas unidades de saúde para contribuir com os esforços que o Governo.
"Os grandes municípios de Mato Grosso não criaram leitos de UTI e aí não tem solução máxima neste campo. E eu vou deixando claro que o Governo já publicou portaria para contratar leitos de UTI em hospitais particulares e filantrópicos. Estamos buscando alternativas, a questão é que vários hospitais não têm estrutura física e nem profissional habilitado para trabalhar nisso. Fazer a nossa parte, nós estamos fazendo. Faça você também a sua. Fique em casa, não facilite", concluiu Gilberto Figueiredo.