Política
A profunda divisão que separa o périplo eleitoral dos Deputados Estaduais, José Eduardo Botelho, 63 anos e filiado ao União, e Max Joel Russi, 46 anos e filiado ao PSB, ficou novamente evidente no último final de semana onde os parlamentares que tentarão comandar novamente a assembleia legislativa de Mato Grosso, revelaram os nomes de seus respectivos apoiadores, os seus colegas reeleitos e os Deputados novatos.
Os apelos para a formação de uma mesa diretora plural estão sendo constantemente rechaçado pelo grupo de Russi, ante a ‘articulação’ de Botelho para que ele ocupe a primeira secretaria da mesa.
Entre as propostas de ambos os lados estão as promessas e benesses que estão sendo negociadas na disputa política mais importante de 2023: a eleição para a presidências da assembleia legislativa, marcada para as 09:00 hs do dia 01 fevereiro.
Para o governador reeleito Mauro Mendes, União, é extremamente importante conseguir colocar aliados no comando da Casa Legislativa.
É o presidente da AL/MT que pauta (ou não) os projetos de lei, e as propostas de emenda à Constituição (PECs) de interesse do Palácio do Paiaguás.
Além disso, o presidente é o responsável por aceitar ou engavetar projetos do executivo e/ou pedidos de criação de CPI, crime de responsabilidade e impeachment contra o governador do estado.
O novo presidente também irá gerir um orçamento em 2023 de R$ 675,3 milhões.
Na assembleia a votação é individual e secreta. Só os próprios parlamentares sabem em quem eles votaram.
Como candidato a reeleição, Eduardo Botelho conta com uma vantagem significativa sobre Max Russi na disputa entre os 24 votos dos parlamentares. Botelho revelou que além de seu voto conta com o apoio dos Deputados, Paulo Araújo (PP), Wilson Santos (PSD), Nininho (PSD), Júlio Campos (União), Fábio Tardin (PSB), Juca do Guaraná Filho (MDB), Janaina Riva (MDB), Drº João (MDB), Thiago Silva (MDB), Diego Guimarães (Republicanos), Sebastião Rezende (União) e Elizeu Nascimento (PL).
Max, por sua vez disse que tem o apoio dos Deputados, Beto 2 a 1 (PSB), Drº Eugênio (PSB), Gilberto Cattani (PL), Carlos Avallone (PSDB) e Valmir Moretto (Republicanos), Dilmar Dal Bosco (União), Valdir Barranco(PT), Lúdio Cabral (PT), Faissal Calil (Cidadania) e Cláudio Ferreira (PTB), além de seu voto.
Para ser eleito, o candidato precisa receber no mínimo 13 votos.
Natural da cidade mato-grossense de Nossa Senhora do Livramento, Eduardo Botelho vai exercer seu terceiro mandato como Deputado Estadual. Na últimas eleições ele declarou um gasto de R$1.238.863,11 milhões.
Max Russi é da cidade paranaense de Salto do Lontra e também está no terceiro mandato como Deputado. Max, declarou na justiça um gasto em 2022 de R$ 1.270.307,00 milhões.
Como será a eleição?
A posse dos novos Deputados está marcada para às 09h do dia 01/02. Dos 24 senadores que serão empossados, 18 foram reeleitos.
De acordo com o regimento interno do poder legislativo, assumirá a direção dos trabalhos, dentre os Deputados presentes, sucessivamente, o que detiver o maior número de mandatos de Deputado Estadual, o último Presidente da Assembleia Legislativa, se reeleito, o que tenha exercido mais recentemente a 1ª Secretaria, a 1ª ou a 2ª Vice-Presidência, a 2ª, a 3ª ou a 4ª Secretaria.
Na falta de todos estes, a Presidência será ocupada pelo Deputado mais votado da nova legislatura, ou ainda, declinando este da prerrogativa, pelo mais idoso dentre os que a tal se disponham.
Ainda de acordo com o regimento interno, a eleição dos membros da Mesa Diretora será feita por escrutínio secreto, mediante apresentação de cédula completa, e por maioria absoluta de votos.
Não sendo obtida a maioria absoluta, será eleita a composição da Mesa Diretora que alcançar maioria relativa em segundo escrutínio.
Proclamada e empossada a Mesa Diretora pelo Presidente, encerrar-se-á a sessão, anunciando a abertura da sessão legislativa, em dois de fevereiro.
