Política

Governador prevê de 20% a 25% de perda de arrecadação em MT com a Reforma Tributária

Durante entrevista, Mauro Mendes falou das perdas previstas com a nova legislação

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM SECOM-MT 30/04/2024
Governador prevê de 20% a 25% de perda de arrecadação em MT com a Reforma Tributária
De acordo com o governador, Mato Grosso é um dos estados que mais será afetado negativamente com a nova legislação, que passa a valer a partir de 2033 | Secom-MT

Em entrevista ao videocast Macro em Pauta, da Exame, nesta segunda-feira (29), o governador Mauro Mendes destacou as perdas previstas para Mato Grosso por conta da Reforma Tributária.  De acordo com o governador, Mato Grosso é um dos estados que mais será afetado negativamente com a nova legislação, que passa a valer a partir de 2033. 

"O Estado de Mato Grosso está com uma receita corrente líquida de R$ 35 bilhões. A estimativa é que a perda deve ser algo em torno de R$ 7 bilhões a R$ 8 bilhões da nossa arrecadação, de 20% a 25%", ressaltou. 

De acordo com Mauro Mendes, o prejuízo deve ocorrer por dois grandes fatores. O primeiro em razão de o recolhimento do ICMS passar a ser feito 100% no local de consumo, e não no local de produção. 

"Nós somos um estado de pouca população, e bastante produção. Ou seja, vamos perder toda a arrecadação que tínhamos na produção", citou. Outro fator é a completa desoneração da cadeia de exportação, que beneficiará apenas as grandes empresas que vendem os produtos brasileiros ao exterior. "O Brasil vai abrir mão de um imposto importante, porque a cadeia completa de todo mundo que exporta, seja no agro, na mineração, em qualquer cadeia exportadora, do início ao final, não vai pagar imposto", criticou. 

Para Mauro Mendes, esse ponto é um erro, já que haverá menor arrecadação, mas o "custo Brasil" não irá reduzir. "Se as grandes exportadoras vão deixar de pagar, quem vai pagar para compensar? Porque as despesas do país, do salário do servidor, de ter Polícia, de ter Educação, não vai diminuir. E aí, quem vai pagar a mais?", questionou.