Brasil
PF investigará incêndios criminosos na Amazônia, diz Moro
De acordo com reportagem publicada no site da revista Globo Rural, mais de 70 pessoas — de Altamira e Novo Progresso, no Pará — entre sindicalistas, produtores rurais, comerciantes e grileiros, combinaram em um grupo do WhatsApp incendiar em 10 de agosto as margens da BR163, rodovia que liga essa região do Pará aos portos fluviais do Rio Tapajós e ao Estado de Mato Grosso.
"A Polícia Federal vai, com sua expertise, apurar o fato. Incêndios criminosos na Amazônia serão severamente punidos", escreveu Moro no Twitter.
A intenção do grupo, conforme a reportagem da Globo Rural, era mostrar ao presidente Jair Bolsonaro que apoiam suas ideias de 'afrouxar' a fiscalização do Ibama e quem sabe conseguir o perdão das multas pelas infrações cometidas ao Meio Ambiente. A data ficou conhecida como o "dia do fogo" no Pará.
Também no Twitter, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acrescentou que Bolsonaro determinou "abertura de investigação rigorosa para apurar e punir os responsáveis pelos os fatos narrados".
Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que acompanham as queimadas afirmaram à Reuters no começo da semana que registraram aumento dos focos nos dias 10 e 11 nas regiões de Novo Progresso e Altamira.
O governo brasileiro vem sofrendo forte pressão externa em razão dos recentes incêndios e do aumento no desmatamento na Amazônia. Mais cedo, Bolsonaro afirmou no Twitter que o Brasil é um país comprometido "com a proteção ambiental".
Neste domingo, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que os líderes do G7 estavam próximos de um acordo sobre como ajudar a combater os incêndios na floresta amazônica e tentar reparar a devastação.