Brasil

Caso Marielle: Dodge denuncia 5 por interferência na investigação e pede abertura de novo inquérito

17/09/2019

Em seu último dia como procuradora-geral da República, Raquel Dodge anunciou nesta terça-feira (17) que apresentou uma denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra cinco pessoas por interferência nas investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista dela Anderson Gomes.

Dodge também pediu ao tribunal a abertura de um novo inquérito para apurar os mandantes do crime e ainda um pedido para que toda a investigação do caso vá para o âmbito federal. Caberá ao STJ decidir se acolhe a denúncia e o destino das investigações.

A vereadora e o motorista foram mortos há um ano e meio e ainda não há conclusão sobre os autores do crime. Dodge fez o anúncio ao apresentar um balanço da sua gestão nos dois anos em que esteve à frente da Procuradoria Geral da República (PGR).

"Estou denunciando Domingos Brazão [...] um funcionário dele chamado Gilberto Ferreira, Rodrigo Ferreira, e Camila, uma advogada e o delegado da Polícia Federal, Hélio Kristian. Eles todos participaram de uma encenação, que conduziu ao desvirtuamento das investigações", disse Dodge.

Os denunciados

  • Domingos Brazão, conselheiro afastado do TCE-RJ;
  • Gilberto Ferreira, funcionário do gabinete de Domingos Brazão no TCE-RJ;
  • Rodrigo Jorge Ferreira (Ferreirinha), policial militar no Rio de Janeiro. Apontado pela Polícia Civil como testemunha-chave das mortes de Marielle e de Anderson Gomes. O PM apontou o vereador Marcelo Siciliano e o miliciano Orlando Curicica como mentores do crime;
  • Camila Moreira Nogueira, advogada de Rodrigo Jorge Ferreira;
  • Hélio Khristian, delegado da Polícia Federal. Lotado na Delegacia Previdenciária da Polícia Federal, no Rio, o delegado recebeu Ferreirinha nas dependências da PF.