Brasil
Brasil quer ser grande exportador na área de defesa, diz ministério
21/11/2019
Retomada
Degaut revelou que o Ministério da Defesa junto a atores privados, à Associação Brasileira de Materiais Bélicos e ao Sindicato de Materiais de Produtos de Defesa tem implementado um grande planejamento estratégico que identificou os gargalos, qual é a natureza deles e o que fazer para eliminá-los. “Uma política que é integrada e sistemática no sentido da eliminação ou mitigação de todos os obstáculos à produção de produtos de defesa. Os resultados já estão surgindo. A média histórica de exportação de produtos de Defesa nos últimos cinco ou dez anos foi da ordem de R$ 900 milhões ano, já estamos nos aproximando este ano de R$1,5 bilhão, ainda é pouco, podemos chegar facilmente a R$ 6 bilhões, mas é um caminho e pretendemos chegar lá em muito pouco tempo. Essa é uma orientação do presidente da República”, apontou. O secretário destacou que o Brasil conseguiu eliminar alguns obstáculos no que diz respeito a financiamentos e garantias no setor. “Isso é absolutamente vital para que as empresas brasileiras possam exportar. 65% do material controlado que é produzido, é exportado. Sem financiamento e garantia não se avança e estamos avançando”, completou.Financiamentos
Conforme o secretário, os financiamentos são realizados via bancos privados nacionais ou estrangeiros, mas as garantias, de um forma geral, são públicas. “Daí o papel importante de reduzir os obstáculos, porque não adianta o financiamento e não ter a garantia que o produto possa ser entregue. Garantia, no Brasil hoje, só as instituições oficiais”, informou, acrescentando que há destaque para a produção de equipamento não letal, aviões, sistemas de controle aéreo e de monitoramento de fronteiras. “É uma gama muito grande de produtos”. Degaut acrescentou que o setor tem uma peculiaridade. As vendas são feitas entre governos. “Essa é uma peculiaridade do setor de defesa. Os negócios são de governo a governo. Não se vende produtos de defesa para o setor privado. Por meio do governo, vende para outro governo. Só quem tem esses produtos são governos”, revelou.Mais lidas
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