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Brasil tem primeiro morto por coronavírus: um homem de 62 anos, com doenças pré-existentes
O infectologista afirmou que estão sendo investigadas outras quatro mortes ocorridas na mesma rede hospitalar onde o paciente de 62 anos faleceu. Ele não soube precisar se todos estavam no mesmo hospital. A cidade de São Paulo é o epicentro da doença no Brasil neste momento, com ao menos 154 casos confirmados da doença, dos 162 do Estado (sendo oito na Grande SP) e 234 no país, confirmados pelo Ministério da Saúde.
Nesta nova fase da doença, o Brasil começa a entender algumas das suas dinâmicas. Segundo Uip, já é possível saber que o período de incubação do vírus é mais curto do que se imaginava, na média, de três a oito dias. “Com isso, pediremos ao Ministério da Saúde que mude o critério da quarentena, dos 14 atuais para 10 dias”, afirmou Uip, justificando que isso permitiria um menor impacto econômico.
A primeira morte no Brasil foi de uma pessoa que fazia parte do grupo mais sensível à doença: idosos, com mais de 60 anos, portadores de alguma comorbidade. “O óbito se enquadra naquilo que já sabíamos”, afirma Uip. De acordo com os últimos dados oficiais da Itália, país onde já morreram 2.158 pessoas, a letalidade é de 9,6% entre pessoas com 70 anos ou mais, 16,6% entre os com 80 anos ou mais, e de 19% entre aqueles que têm 90 anos ou mais.
Além disso, levantamentos internacionais mostram que o coronavírus não só se espalha mais rápido e contamina mais pessoas do que a gripe, como também é mais letal. Em Wuhan, cidade chinesa que foi o primeiro epicentro da epidemia, 2% dos doentes detectados morreram, e fora de lá a cifra se aproxima de 0,7%, segundo a OMS. São taxas entre 3 e 20 vezes maiores que a da mortalidade da gripe comum (0,13%) e da gripe H1N1 (0,2%).