Brasil
Brasil tem 359 mortes por coronavírus e 9.056 casos confirmados
03/04/2020
Boletim do novo coronavírus no Brasil em 03/04, segundo o Ministério da Saúde
Foto: Reprodução/Ministério da Saúde Primeira morte O governou corrigiu também a informação de que a primeira morte por COVID-19 no Brasil teria acontecido em 23 de janeiro. Na verdade, foi em 25 de março. A pasta havia informado nesta quinta (2) que a primeira morte havia ocorrido no estado de Minas Gerais, dois meses antes da confirmação do primeiro caso da doença no país. De acordo com Mandetta, houve um erro de notificação por parte da secretaria estadual de Minas Gerais. Mandetta afirmou que, no entanto, não é possível descartar que tenham acontecido casos de COVID-19 no Brasil antes do que se sabe oficialmente. Ele levantou ponderações sobre a forma como a China divulgou a incidência da doença no país, apontando riscos proveniventes da falta de uma imprensa livre no país asiático. O ministro colocou sob dúvida alguns dos relatos que o governo chinês fez sobre os casos em comparação com a intensa disseminação do novo coronavírus em países ocidentais, como Itália e Estados Unidos. "Se esse vírus provocou essa derrubada dos sistemas de saúde ocidentais, então ele não é um vírus pesado e demorado como a China divulgou. Ele é um vírus muito competente na disseminação", disse. Mandetta afirmou que os norte-americanos devem entrar "na fase mais dramática" a partir de segunda-feira (6), sendo obrigados a escolher quais pacientes terão ou não atendimento em saúde e direcionamento de equipamentos. Vítimas fatais O novo boletim manteve as proporções apresentadas nos últimos dias, com acima de 80% dos casos de morte acima dos 60 anos e com comorbidades. Ao todo, 286 dos 359 óbitos confirmados já foram analisados pelo ministério. Destes, 242 (85%) possuem mais de 60 anos. Entre as comorbidades, a mais comum segue sendo a cardiopatia (164 casos), seguida pela diabetes (114), pneumopatia (45) e doenças neurológicas (30). Amazonas Mandetta admitiu preocupação com o panorama do sistema de saúde do Amazonas, como noticiado pela CNN. Há o temor de que o estado seja o primeiro a enfrentar um sistema de saúde colapsado, quando não há mais plenas condições de atender àqueles que procuram por atendimento médico. Segundo Mandetta, foi necessário o envio de respiradores para Manaus nesta semana, cedidos por uma rede particular de hospitais e transportados pela Força Aérea Brasileira (FAB). O ministro da Saúde reforçou que, se necessário, o governo federal vai deslocar equipamentos de um estado a outro com a intenção de evitar uma proliferação de surtos em sistemas de saúde. Neste caso, trata-se de um estado da região Norte do país. No entanto, o ministro afirma que a atenção está direcionada às grandes aglomerações urbanas, como São Paulo e Rio de Janeiro, e às capitais estaduais litorâneas.Mais lidas
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