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Queimadas em julho superam mesmo período de 2019 e Amazônia teve dia com recorde de focos dos últimos 15 anos para o mês

Dados de julho ainda não foram fechados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mas a parcial dos 30 dias mostra uma alta de 14,5% em relação ao mesmo mês de 2019 no bioma. Nesta quinta-feira (30), 1.007 focos foram contabilizados na região

DA EDITORIA/COM G1 31/07/2020
Queimadas em julho superam mesmo período de 2019 e Amazônia teve dia com recorde de focos dos últimos 15 anos para o mês

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou um aumento de 14,5% nas queimadas em julho deste ano em relação ao mesmo mês de 2019 na Amazônia, mesmo que os registros do dia 31 ainda não tenham sido contabilizados. Além disso, esta quinta-feira (30) teve 1.007 pontos de calor incluídos no sistema de monitoramento, dia que mais queimou em julho nos últimos 15 anos.

Total de focos de queimadas na Amazônia:

  • Julho de 2019 (1º - 31) - 5.318
  • Julho de 2020 (1º - 30) - 6091
  • Ainda segundo dados do instituto, que é responsável oficial pelo monitoramento no Brasil, os mais de 6 mil pontos de calor encontrados na Amazônia representam 41,5% de todos os biomas que sofreram queimadas neste mês. O Cerrado apresentou 5.310 focos - 36,2% do total.
  • No entanto, neste ano, o total de focos desde janeiro na Amazônia Legal apresentou uma queda de -5% em relação a 2019. Alguns estados apresentam uma forte alta: Acre (30%); Amazonas (51%); e Pará (50%). Tocantins, Rondônia e Roraima tiveram queda no número de queimadas neste ano, com - 18%, - 63% e -27%.
  • Focos de queimadas por estado em julho

    PA 2506
    MT 2391
    AM 1796
    MA 1676
    MS 1284
    TO 1277
    SP 554
    MG 529
    PI 441
    GO 385
    RO 374
    PR 336
    BA 320
    AC 253
    RS 198
    RJ 131
    SC 89
    CE 52
    ES 34
    DF 18
    PE 16
    RR 9
    RN 7
    PB 5
    AL 3
    AP 2

    Queimadas e desmatamento

    As queimadas são apenas uma das etapas do ciclo de uso da terra na Amazônia. Depois do desmate, se nada de novo acontecer, a floresta pode se regenerar. Uma floresta secundária, no entanto, nunca será como uma original, mesmo que uma parte da biodiversidade consiga se restabelecer. Na prática, o que acontece é que a mata não tem tempo de crescer de novo.