Brasil

Primeira Turma do STF tem maioria para manter prisões dos supostos mandantes do assassinato de Marielle

Moraes ordenou prisão de Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa neste domingo; Primeira Turma analisa o caso nesta segunda em plenário virtual

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM G1 25/03/2024
Primeira Turma do STF tem maioria para manter prisões dos supostos mandantes do assassinato de Marielle
Delegado Rivaldo Barbosa descendo do avião da Polícia Federal após ser preso suspeito no caso Marielle | Ton Molina/Estadão Conteúdo

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta segunda-feira (25) para confirmar a decisão do ministro Alexandre de Moraes que levou à prisão de três suspeitos de arquitetar e ordenar o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), em 2018.

Além de Moraes, os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino também votaram pelas prisões e demais medidas cautelares determinadas na operação deflagrada neste domingo (24) contra os investigados. Ainda falta o voto do ministro Luiz Fux.

A análise termina às 23h59 desta segunda, mas é provável que o placar seja definido mais cedo.

Dos ministros que votaram para confirmar a decisão de Moraes, apenas Flávio Dino divulgou um voto propriamente dito, com argumentação. Segundo ele, a "leitura das peças processuais revela a possibilidade de configuração de um autêntico ecossistema criminoso em uma unidade federada".

Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa foram presos no Rio de Janeiro, neste domingo, e tiveram as prisões mantidas após audiência de custódia.

Ainda no domingo, eles foram transferidos para Brasília e encaminhados para a penitenciária federal no Distrito Federal.

Leia também

CASO MARIELLE FRANCO Em delação premiada, Élcio Queiroz diz que Ronnie Lessa matou Marielle e dá detalhes do atentado CASO MARIEELE FRANCO Entenda o que foi revelado sobre assassinatos de Marielle e Anderson após delação de Élcio Queiroz CASO MARIELLE FRANCO Mulher de Ronnie Lessa desmente a versão do ex-PM reformado, acusado de atirar em Marielle e Anderson, sobre a noite do crime BUSCAS E APREENSÕES Caso Marielle: nova operação da PF cumpre mandados em endereços ligados a Suel, ex-bombeiro preso, e familiares MONITORAMENTO ILEGAL Abin foi usada para monitorar promotora do caso Marielle, diz PF GM COBALT Caso Marielle: preso dono de ferro velho suspeito de ajudar a destruir carro usado no crime ASSASSINATO Investigação do assassinato de Marielle chega ao STF, por suposto envolvimento de autoridade com foro COLABORAÇÃO PREMIADA STF homologa delação de Lessa sobre assassinato de Marielle ASSASSINATO DE VEREADORA Polícia Federal prende três suspeitos do assassinato de Marielle Franco ASSASSINATO DE VEREADORA Conselheiro do TCE, Deputado e Delegado: saiba quem são os 3 presos por serem os mandantes da morte de Marielle ASSASSINATO DE VEREADORA Caso Marielle: irmãos Brazão e delegado da Polícia Civil serão transferidos para presídio federal de Brasília ASSASSINATO DE VEREADORA “O Rivaldo é nosso”: ex-chefe da Polícia do Rio orientou onde matar Marielle para evitar entrada da PF no caso ASSASSINATO DE VEREADORA Caso Marielle: como investigação revela os tentáculos do crime organizado no mundo político

Além das prisões, a decisão de Moraes determinou também o afastamento das funções públicas o delegado Giniton Lages e o comissário Marco Antônio de Barros Pinto. Ambos atuavam na Delegacia de Homicídios do Rio na época do crime.

Giniton foi o delegado que iniciou a apuração do caso, indicado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, que foi preso neste domingo. Ele é suspeito de não só ter acobertado o crime, como também de ter avalizado o assassinato.