Brasil

Câmeras, concreto e esconderijos: como PCC fez do Moinho um bunker do crime

Facção instalou equipamentos especiais para transformar favela em QG da cracolândia

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM CNN 15/05/2025
Câmeras, concreto e esconderijos: como PCC fez do Moinho um bunker do crime
Para monitorar a entrada e saída de pessoas na favela foram instaladas câmeras pelo crime | CNN

Significativamente menor que Paraisópolis e Heliópolis, a favela do Moinho tem uma peculiaridade que atraiu criminosos e favoreceu a infiltração do tráfico: há apenas um ponto de entrada e saída do local.

A expansão da atuação do PCC na região vem de décadas. Contou a favor da escolha do local a proximidade com a cracolândia, o que facilitaria a logística do crime. A Rua dos Protestantes, último ponto de concentração de usuários – esvaziado desde sábado (10) – fica a apenas 1,5 km do local.

Para monitorar a entrada e saída de pessoas na favela foram instaladas câmeras pelo crime. No ponto de chegada os bandidos colocaram cilindros gigantes de concreto. Fontes do Ministério Público compararam o local a um “condomínio”, justamente por essa característica.

Os promotores ainda estimam que Leonardo Monteiro Moja, o “Léo do Moinho”, preso em Presidente Venceslau, administra cerca de 80 casas no local, o que dá a ele, mesmo dentro da cadeia, domínio total do território. Os dois irmãos dele, que juntos participaram da expansão comercial do crime, começando com um ferro, velho também estão presos.

Moja foi apontado como o responsável por instalar dentro da comunidade antenas e aparelhos de radiocomunicação capazes de captar os sinais da polícia para interceptar operações na região. Ele foi preso em agosto do ano passado.

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Outro aspecto apontado pelas fontes ouvidas pela CNN é a existência de muros no entorno da favela, o que transforma o local numa verdadeira “fortaleza”. Dentro dela, esconderijos auxiliariam os traficantes a armazenar drogas e armas.

À CNN, o promotor Lincoln Gakiya afirmou haver relatos sugerindo que traficantes de outros locais do estado migram até o Moinho para buscar drogas e se armar.

O plano da gestão Tarcísio de Freitas (Progressistas) é enviar as famílias para outros locais e construir um parque e uma estação de trem onde hoje funciona a favela do Moinho. O terrenho está sendo negociado com a União, dona da área.

Outro aspecto apontado pelas fontes ouvidas pela CNN é a existência de muros no entorno da favela, o que transforma o local numa verdadeira “fortaleza”. Dentro dela, esconderijos auxiliariam os traficantes a armazenar drogas e armas.

À CNN, o promotor Lincoln Gakiya afirmou haver relatos sugerindo que traficantes de outros locais do estado migram até o Moinho para buscar drogas e se armar.

O plano da gestão Tarcísio de Freitas (Progressistas) é enviar as famílias para outros locais e construir um parque e uma estação de trem onde hoje funciona a favela do Moinho. O terrenho está sendo negociado com a União, dona da área.