Cotidiano
Atualmente, Mato Grosso possui um total de 235 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis para o tratamento dos pacientes com casos graves do coronavírus pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desses, 24 leitos estão ocupados na rede pública, com uma taxa de ocupação de 10,2%.
Isso é, até o momento, a Rede SUS conta com 211 leitos de UTI disponíveis em Mato Grosso, como aponta os dados do último boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), divulgado na terça-feira (12). Já em relação às enfermarias disponíveis, a Rede SUS oferta 654 leitos clínicos, com dez ocupados, sendo 644 disponíveis; a taxa de ocupação está em 1,5%.
A alta capacidade de leitos é possível devido ao trabalho de preparação desenvolvido pela equipe da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), juntamente às gestões municipais e federal, que programou o acréscimo e reordenamento gradativo dos leitos específicos para o coronavírus, atualizados de forma regular. Recentemente, foram direcionados de 382 leitos – sendo 131 de UTI e 251 de enfermaria – especificamente para o atendimento às demandas da Covid-19.
Esse quantitativo, que dispõe de um total de 889 leitos para o tratamento de coronavírus em Mato Grosso, engloba unidades de saúde municipais, estaduais e federais. A partir do dia 20 de maio, haverá um novo incremento que levará a 1.217 leitos totais. No entanto, a expectativa é de que, até o início de junho, exista um total de 1.262 leitos.
“Trabalhamos para preparar a estrutura para um possível crescimento de casos, como ocorre em outros estados, mas torcemos para que não precisemos usar. Por isso, reforço o apelo à sociedade para que não façamos um relaxamento total, o momento pior ainda não chegou. Passaremos por dias difíceis e certamente precisaremos do apoio do Governo Federal, Estadual e Municipais mas, em especial, precisamos do apoio de toda população", frisou o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo.
Apesar do saldo positivo em relação à estrutura, o Estado ainda não deve comemorar e nem diminuir o ritmo de trabalho e esforços para combater o vírus, pois a manutenção da situação confortável depende da continuidade das medidas não farmacológicas.
O número relativamente baixo de confirmação de casos e de pacientes internados, em comparação aos outros estados, se deve a uma série de recomendações feitas pelo Governo do Estado, por meio da SES. Uma vez que as medidas não farmacológicas, considerando o comportamento do vírus, interferem diretamente na disseminação da doença, segundo o secretário de Saúde Gilberto Figueiredo.
"Todas as medidas focadas em um trabalho preventivo tomadas pela Secretaria foram importantes. Eu costumo dizer que em momento de crise não há decisão fácil, mas temos procurado decidir com muita prudência diante daquilo que temos à mão. Por isso, é muito importante que toda a população e entidades sigam as recomendações de distanciamento social, usem máscaras, além da etiqueta de higiene”.
Estrutura
A SES-MT iniciou, no dia 23 de março, as obras para a construção de 210 novos leitos no Hospital Metropolitano. A unidade será referência estadual para atendimento dos casos graves da Covid-19 e será reinaugurada nesta quinta-feira (14).
O modelo do projeto prevê a montagem das paredes com painel isotérmico, mesmo sistema usado na China; um modelo eficiente e de fácil implantação, que otimiza o tempo de obra e possibilita sua finalização em menor tempo.
Após a pandemia, a estrutura construída poderá ser definitiva para o Hospital Metropolitano. Com isso, a unidade terá um total 278 leitos – já que, antes da obra, o local contava com outros 58 leitos clínicos e 10 leitos de UTI – e continuará atendendo às especialidades contempladas anteriormente.