Cotidiano
MPF cobra de órgãos públicos providências sobre incêndios em terras indígenas em Mato Grosso
Além do risco à vida, queimadas causam destruição do bioma e impactam no meio de subsistência dos povos indígenas
O Ministério Público Federal (MPF) expediu ofícios urgentes cobrando de diversos órgãos públicos medidas de enfrentamento aos incêndios que atingem terras indígenas em Mato Grosso (MT). As instituições também devem enviar informações atualizadas ao MPF sobre os incêndios florestais em até cinco dias.
O procurador da República Ricardo Pael Ardenghi, responsável pela atuação, oficiou o Ministério dos Povos Indígenas, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Comitê Temporário Integrado Multiagências de Coordenação Operacional de Mato Grosso (Ciman/MT).
De acordo com denúncia feita pela Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), as queimadas estão atingindo as casas dentro das aldeias, além de nascentes de rios, lagos, animais e roçados, prejudicando a rede de abastecimento de água dos indígenas e seus meios de subsistência, como cultivos, caça e alimentos típicos da vegetação local.
De acordo com a federação, estão sendo atingidas as terras indígenas Perigara, São Marcos, Sangradouro/Volta Grande, Areões, Parabubure, Ubawawe, Marechal Rondon, Pimental Barbosa, Tapirapé/Karajá, Kayabi, Kawahiva do Rio Pardo, Piripkura; Arara do Rio Branco, Aripuanã, Nambikwara, Vale do Guaporé, Utiariti, Merure, Bahia dos Guató, Portal do Encantado, Sararé e Umutina.