Cultura

‘Berimbau de Ouro’ premia personalidades de destaque na cultura de MT; entre eles Alair Fernando e o repórter Flecha

A escola de samba ‘não deixa cair’ – criada na época - reunia entre seus protagonistas

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA 20/02/2023
Há mais de 40 anos, quando a porta bandeira e o mestre sala começavam a dar seus primeiros passos nos desfiles pelas avenidas de Cuiabá – durante o carnaval – o público presente ficou em êxtase quando atrás dos dois, estavam os primeiros capoeiristas da cidade e o início da popularização da cultura afro em terras mato-grossenses. A escola de samba ‘não deixa cair’ – criada na época - reunia entre seus protagonistas: os mestres Arão, o professor Edmundo Souza e Alair Fernando, um dos próceres da capoeira na cidade e o principal responsável por essa nova cultura na cidade, na época. “Naqueles anos, em Cuiabá, a capoeira tornou-se uma irmandade e foi avançando, principalmente no carnaval. E ela acompanhou a nossa liberdade”, disse Alair que foi indicado para receber nos próximos dias 02 a 05 de março o X troféu Berimbau de Ouro, na cidade de Salvador, Bahia. “Me sinto honrado em receber o prêmio em função da nossa luta pela valorização dessa cultura espetacular”, afirmou. A indicação de Alair foi feita pela Federação Mato-grossense de Capoeira, sob o presidente Ewerton Aparecido Moreira Salgado, o Weto. Além dele, vai receber a premiação Júlgilas Wladas Albernaz Garcia, o repórter Flecha,  mestre em capoeira e também um dos percursores desse esporte em Cuiabá. “É uma honra. E minha felicidade é tão grande por mim e pelo Alair, um dos mestres em Cuiabá”, disse Flecha. Ele lembrou que outra escola a Mocidade Independente também introduziu a capoeira nos carnavais, “foi gratificante e os mestres, naquela época, eram guias e conselheiros para os jovens”, destacou Flecha que agradeceu a contribuição dos primeiros mestres, como Alair. O grupo Flor Riberinha, de Cuiabá, também será homenageado com o Berimbau de Ouro pela difusão cultural em Mato Grosso. O Prêmio Berimbau de Ouro é uma criação do mestre em capoeira e designer gráfico, Máximo Pereira de Brito Filho, o mestre Máximo, que integra o grupo de capoeira mangangá, em Salvador. Criado em 2007, originalmente para homenagear os mestres e destaques da comunidade da capoeira no Brasil, teve sua primeira cerimônia de entrega em 2013. O Prêmio é entregue para capoeiristas, artistas plásticos, escritores e representantes de movimentos culturais de diversas cidades do Brasil e do mundo.