O Promotor da 18ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Cuiabá, Rogério Bravin, anunciou que irá recorrer contra a decisão da juíza titular da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude da Capital, Leilamar Aparecida Rodrigues. 

A decisão extinguiu o processo de execução da medida socioeducativa aplicada à adolescente B.D.O.C, de 17 anos, que havia sido condenada por matar Isabele Guimarães, de 14 anos, com um tiro no rosto em julho de 2020.

A decisão da magistrada se baseou no fato de que a melhor amiga de Isabele, responsável pelo crime, está prestes a atingir a maioridade civil e demonstrou interesse em buscar novos objetivos longe de um ambiente infracional.

 Contudo, a medida socioeducativa tinha sido aplicada como consequência do grave delito cometido, visando à reabilitação da jovem e à punição adequada pelo homicídio.

Através da assessoria do órgão, o Promotor Bravin informou que recorrerá da decisão, argumentando que é necessário garantir a responsabilização e a devida aplicação da medida socioeducativa prevista na lei para o caso em questão.

 Embora o processo seja sigiloso, a sociedade acompanha com atenção a situação, buscando justiça para Isabele Guimarães e seus familiares.

O caso de Isabele Guimarães chamou a atenção da opinião pública em 2020, causando grande comoção e discussão sobre a violência entre jovens e a responsabilidade pelos atos cometidos. 

A reavaliação do processo trará à tona novamente o debate sobre a necessidade de medidas efetivas para conter a violência entre adolescentes e garantir que casos semelhantes sejam tratados com a seriedade que merecem.

As informações disponíveis são limitadas, dado o sigilo do processo, mas a expectativa é de que o recurso interposto pelo Ministério Público traga novos desdobramentos ao caso e assegure que a justiça seja devidamente cumprida em relação ao trágico acontecimento.