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Juiz que deu voz de prisão a mãe de vítima durante audiência Cuiabá, é investigado pelo CNJ
Durante uma audiência em setembro, o magistrado deu voz de prisão à mãe de uma vítima, gerando controvérsias
A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou uma reclamação disciplinar para investigar a conduta do juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá.
Durante uma audiência em setembro, o magistrado deu voz de prisão à mãe de uma vítima, gerando controvérsias.
A decisão do corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, destaca a não observância do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, regulamentado pela Resolução CNJ n. 492/2023.
O corregedor salienta que Perri não teria zelado pela integridade psicológica da mãe da vítima, ressaltando a importância de julgar com perspectiva de gênero.
A norma aprovada em março orienta juízes a agirem na contenção de danos, interrompendo atos ofensivos e estereotipados.
Para o ministro, o juiz de Mato Grosso não reduziu os danos e potencializou feridas ao permitir que o ato se tornasse caótico, culminando na prisão da declarante.
Observou-se ainda a possível truculência do magistrado com a promotora que acompanhava a audiência, o que poderia configurar violação ao dever de cortesia com os membros do Ministério Público, segundo o art. 22 do Código de Ética da Magistratura Nacional.
A investigação visa esclarecer esses aspectos, avaliando a conduta do juiz no contexto da audiência sensível,.