Esportes
A seleção feminina de basquete derrotou os Estados Unidos na noite deste sábado (10) por 79 a 73 e voltou a faturar, de maneira invicta, a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos após 28 anos.
O ouro da Lima 2019 surge após um confronto travado contra as norte-americanas, no qual a eficiente postura defensiva e as boas atuações de Taina Paixão, Raphaella Monteiro, Patricia Teixeira, Clarissa do Santos e Érica de Souza fizeram a diferença.
A última conquista brasileira havia ocorrido em Havana 1991, quando a equipe composta por Paula, Hortência e Janeth bateram Cuba na final e subiram no degrau mais alto do pódio.
A equipe de Porto Rico completa o pódio após vencer a Colômbia por 66 a 55 em partida realizada também neste sábado.
A final
Na apresentação das equipes para o confronto final, todas as brasileiras anunciadas passaram pela lateral da quadra para cumprimentar a ala Aline Cesário, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito na partida de estreia da seleção em Lima.
Com a bola rolando, as meninas do Brasil começaram ligadas nas ações das atletas norte-americanas. Com o bom poder defensivo e a liderança da pivô Clarissa, o time verde-amarelo chegou a abrir oito pontos de vantagem.
A superioridade brasileira nos primeiros minutos de partida foi logo contida. As brasileiras começaram a cometer erros no ataque, logo permitiram a virada e terminaram o primeiro quarto perdendo por 22 a 20.
O treinador José Neto optou por colocar Érika de volta na quadra para iniciar a segunda etapa da decisão. A entrada da pivô melhorou o poder defensivo do Brasil, que logo empatou o confronto.
E foi com as mãos das mãos da pivô que a seleção nacional retomou a liderança do placar. Os Estados Unidos ainda chegaram a conquistar uma nova virada, mas a boa pontaria de Débora Fernandes da linha de três permitiu que o Brasil deixasse o primeiro tempo vencendo por 39 a 38.
s meninas do Brasil retornaram para as últimas duas etapas novamente mais atentas e roubaram bolas decisivas. Após a primeira metade do quarto, a eficiência nos rebotes defensivos permitiu que a diferença fosse ampliada para 49 a 42.
Assim como ocorreu no primeiro quarto, as brasileiras voltaram a errar passes e permitiram o empate em 53 a 53, mas fecharam a parcial com dois pontos à frente dos Estados Unidos e partiram para o tudo ou nada nos últimos 10 minutos.
No último e decisivo quarto, a liderança brasileira se manteve em apenas uma posse de bola até a primeira metade da etapa. Nos minutos seguintes, no entanto, a vantagem foi ampliada para 67 a 60.
No último e decisivo quarto, a liderança brasileira se manteve em apenas uma posse de bola até a primeira metade da etapa. Nos minutos seguintes, no entanto, a vantagem foi ampliada para 67 a 60. A partir daí bastou administrar a vantagem e celebrar a vitória.
Trajetória
O time comandado pelo técnico José Neto chegou à decisão contra os Estados Unidos sem perder nenhum dos quatro confrontos disputados em Lima.
Na fase de grupos, superaram Porto Rico (64 a 58) e Canadá (79 a 71) e atropelaram o Paraguai pelo placar de 81 a 37. As vitórias garantiram às meninas do Brasil o primeiro lugar da chave e o direito de enfrentar a Colômbia, segunda colocada do grupo dos Estados Unidos.
Para chegar à final, a equipe brasileira contou com o brilho de Clarissa dos Santos, que marcou 18 pontos na partida contra as colombianas. A vitória por 62 a 48 colocou e seleção nacional de volta à decisão do Pan após 12 anos.