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O que se sabe sobre contra-ataque da Ucrânia que deixou dezenas de mortos e feridos na Rússia
O Ministério de Emergências da Rússia afirma que 18 pessoas, incluindo duas crianças, morreram e mais de 110 ficaram feridas na cidade de Belgorod
A Ucrânia realizou uma série de ataques com drones e mísseis contra alvos no sudoeste da Rússia entre sexta-feira (29/12) e sábado que deixaram dezenas de mortos e feridos, segundo informações de autoridades russas.
O conflito está prestes a completar dois anos.
O Ministério de Emergências da Rússia afirma que 18 pessoas, incluindo duas crianças, morreram e mais de 110 ficaram feridas na cidade de Belgorod, que fica aproximadamente a 600 km de Moscou.
As operações ucranianas foram lançadas após investidas russas matarem também na sexta 39 pessoas na Ucrânia e ferirem quase 160, segundo o presidente Volodymyr Zelensky. Várias cidades ucranianas foram atingidas, incluindo a capital, Kiev.
Esses ataques foram descritos por Kiev como o maior bombardeio de mísseis da Rússia durante a guerra contra a Ucrânia até o momento.
Por sua vez, as operações de contra-ataque da Ucrânia utilizaram mais de 70 drones, relatam sites ucranianos citando fontes da inteligência do governo.
Teria sido atingida também uma fábrica russa na região de Briansk usada para produzir equipamentos militares, como mísseis de longo alcance e sistemas antiaéreos.
O porta-voz da presidência da Rússia disse que o presidente Vladimir Putin foi informado da ofensiva.
O governo russo declarou que conseguiu interceptar e destruir dezenas de mísseis e drones disparados a partir da Ucrânia.
O Ministério da Defesa russo declarou no sábado que 13 mísseis foram destruídos em toda a região durante a noite e que 32 drones foram abatidos nas regiões de Bryansk, Oryol, Kursk e Moscou.
O governador da região de Briansk disse que dois vilarejos foram alvo e que uma criança foi morta. Na vizinha Belgorod, autoridades afirmaram que os ataques danificaram 55 casas, duas empresas particulares, um campo de futebol, um centro de lazer e uma escola.
Moscou acusa o governo ucraniano de lançar ofensivas com drones nos últimos meses, mas Kiev não assume a responsabilidade.
Ofensiva contra a Ucrânia
O prefeito de Kiev, Vitali Klitchsko, disse no sábado (30/12) que 16 pessoas foram mortas na cidade após o ataque com mísseis pelas forças russas que se tornou o mais mortal para civis desde o começo da guerra.
Na sexta-feira à noite, uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU condenou a recente operação de bombardeio em massa da Rússia na Ucrânia e disse que os ataques devem parar "imediatamente".
Países como os EUA, o Reino Unido e a França afirmaram que atingir infra-estruturas civis viola regras internacionais de guerra.
"Em vez da paz, Putin escolheu marcar esta época festiva... com um número sem precedentes de ataques de drones e mísseis", disse o representante dos EUA na ONU, John Kelley.
A Rússia disse que as defesas aéreas ucranianas são as culpadas pelos danos a edifícios civis.