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EUA e Ucrânia discordam em principais pontos para acabar com a guerra; veja
Reconhecer o controle da Crimeia pela Rússia, imposto pelos Estados Unidos, é o principal obstáculo de Kiev

Os principais pontos de discórdia entre Estados Unidos e Ucrânia referente ao fim da guerra incluem garantias de segurança para Kiev e a posição dos EUA em reconhecer o controle da Crimeia pela Rússia, de acordo com uma fonte próxima ao governo ucraniano que teve acesso a ambos os quadros.
A Ucrânia quer garantias de segurança não apenas da Europa, mas também dos EUA, enquanto o quadro inicial do país americano previa que garantias de segurança desenvolvidas para a Ucrânia viriam apenas da Europa.
A fonte também informou que a proposta dos EUA de reconhecer o controle da Crimeia pela Rússia é algo que os ucranianos rejeitam categoricamente. Além disso, eles querem discutir sobre a Rússia manter o território ocupado desde a invasão em 2022, que aconteceu após um cessar-fogo.
A contraproposta da Ucrânia foi assinada por franceses, britânicos e alemães e apresentada a Keith Kellogg, principal enviado do presidente dos EUA, Donald Trump, para a Ucrânia.
O documento também deixou claro que a Ucrânia deseja um cessar-fogo antes de qualquer outra ação. A necessidade de ambos os lados se comprometerem com um cessar-fogo total e incondicional está listada no topo da proposta.
No entanto, a Ucrânia também concordou amplamente com vários pontos do acordo inicial dos EUA, incluindo:
- A remoção das sanções à Rússia, em vigor desde 2014, que, segundo os ucranianos, devem ocorrer gradualmente após a promulgação do plano de paz;
- A não adesão da Ucrânia à Otan;
- O congelamento das linhas de frente;
- A retomada do controle da área ao redor da Usina Nuclear de Zaporizhzhia.
Embora as divergências persistam, as medidas tomadas pela Ucrânia para se envolver efetivamente nas negociações são significativas, disseram autoridades.
A fonte também concorda, dizendo que se envolver em negociações sobre território é algo enorme, “mas se Trump não achar que isso é uma grande concessão, isso é um problema”, acrescentou.