O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste sábado (4) que tem esperança de que todos os reféns israelenses sejam libertados em poucos dias, enquanto as Forças de Defesa de Israel (IDF) permanecem posicionadas no interior da Faixa de Gaza.

Em uma declaração televisionada marcando seus primeiros comentários públicos sobre a resposta do Hamas ao plano de 20 pontos do presidente dos EUA, Donald Trump, Netanyahu disse:

"Estamos à beira de uma grande conquista. Ainda não é definitivo, mas espero que nos próximos dias, durante o feriado de Sucot, eu possa anunciar a vocês o retorno de todos os reféns em uma fase, enquanto as IDF permanecem no interior da Faixa de Gaza e dos territórios que a controlam". [Sucot é um feriado judaico de uma semana que começa na noite de segunda-feira].

O líder israelense falou principalmente em hebraico durante a declaração de 5 minutos, usando apenas algumas palavras em inglês para enfatizar partes do discurso.

Netanyahu disse ter instruído a equipe de negociação israelense, liderada pelo Ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, a viajar ao Egito para finalizar os detalhes técnicos da libertação dos reféns.

"Nosso objetivo é limitar as negociações a apenas alguns dias. Trump deixou claro: não toleraremos táticas de protelação ou evasões", disse o premiê.

Ele explicou que, na primeira fase do plano, o Hamas libertará os reféns enquanto o exército israelense se reposiciona, mantendo "o controle de todas as áreas dominantes no interior da Faixa de Gaza".

Na segunda fase, disse ele, "o Hamas será desarmado e Gaza será desmilitarizada".

Isso acontecerá pela via diplomática, pelo plano de Trump, ou pela via militar, mas será alcançado." Embora o Hamas tenha afirmado estar disposto a negociar a libertação de todos os reféns, não afirmou estar disposto a se desarmar – o que é outra exigência fundamental no plano de 20 pontos de Trump.

Netanyahu elogiou a coordenação com o presidente americano, afirmando que, embora tenha ordenado que as Forças de Defesa de Israel (IDF) operassem na Cidade de Gaza, ele "coordenou uma ação diplomática com o presidente Trump que mudou completamente a situação.

Em vez de Israel ficar isolado, o Hamas está isolado e, como resultado, foi pressionado a concordar com o plano que apresentamos". Ele afirmou que a pressão militar de Israel foi o elemento-chave que levou o Hamas a este ponto nos esforços de cessar-fogo