Opinião

Vamos lembrar do Setembro Amarelo como um mês de alerta!

Rosana Sifuentes Machado 20/09/2022
No mês de setembro nós do Instituto Mário Cardi Filho – IMCF, queremos abraçar as pessoas que dedicam tempo e atenção aos cuidados com as famílias que passam por momentos difíceis na superação da dor e, sobretudo por aqueles que trabalham para ajudar no entendimento das angústias da psique humana para a realidade do suicídio. O Brasil é o país com a maior taxa de depressão da América Latina, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), com 5,8% da população sofre com a doença, sendo 7,7% das mulheres e 3,6% dos homens – (OMS/2020). Lembramos, contudo, do “Setembro Amarelo” como um mês de alerta sobre a importância da valorização a vida e da prevenção ao suicídio. Que nossa grande campanha seja alerta para o olhar cuidadoso, amigo e preventivo, na busca por profissionais competentes que contribuam de maneira assertiva em situações onde as pessoas demonstrem interesse no autoextermínio. Para entender melhor essa data, retomamos ao histórico setembro de 1994, nos Estados Unidos, quando o jovem de 17 anos Mike Emme cometeu suicídio. O rapaz tinha um veículo Mustang 68, amarelo, então, no dia do seu velório, os pais, amigos e familiares de Mike distribuíram cartões amarrados com fitas amarelas, descrevendo frases de apoio para os indivíduos e famílias que poderiam estar enfrentando a mesma dor. As campanhas, no mundo, ocorrem no mês de setembro para disponibilizar informações e opções de tratamento, visando reduzir a discriminação, ou tabu, que faz com que muitas pessoas evitem falar sobre seus sentimentos, sobre o suicídio e procurarem ajuda efetiva. Alguns sintomas físicos são: a) falta de ar, dores no corpo, palpitações, alterações no apetite ou no sono; b) emoções, como tristeza, raiva, medo, irritação ou aparente frieza, tornam-se intensas e parecem insuportáveis, c) sentimentos abrem espaço para comportamentos atípicos, como ficar irritado e agitado, ou levar ao abuso de substâncias; d) sentimentos negativos podem ser acompanhados de sintomas cognitivos, como falha de memória, menor concentração, confusão mental, ser repetitivo. Dessa maneira, um indivíduo com saúde mental comprometida emitirá sinais de que precisa de ajuda. Quem está próximo pode advertir e ajudar na condução, mas apenas um profissional, psiquiatra ou psicólogo, será capaz de diagnosticar e analisar os sintomas para um bom tratamento. No Brasil, desde 2015 podemos contar com o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendem de forma gratuitamente as pessoas que querem e precisam de ajuda para conversar, de forma sigilosa via telefone, e-mail ou chat por 24 horas todos os dias. Além do site: www.cvv.org.br Também é possível obter outras informações pelo site www.setembroamarelo.org.br São diversos materiais de uso público: como a Cartilha Suicídio Informando para Prevenir (https://bit.ly/38OlV79) e (https://bit.ly/3tsA1oq). Um final de setembro feliz, que a primavera possa nos iluminar para contribuir com essa nobre causa, um forte abraço em nome de todo os voluntários e colaboradores do IMCF. Rosana Sifuentes Machado – Gestora do Instituto Mário Cardi Filho e Professora da Unemat