O natal e o réveillon de 2019 não deve ser um dos melhores na vida da servidora pública, Anaíde Barros. Delegada efetiva da Polícia Civil de Mato Grosso e com um polpudo salário de R$ 33,5 mil por mês, ela viu sua vida fazer uma reviravolta, para pior. Sua vida sucumbiu quando sob sua ‘chefia’, comandou uma operação da Polícia Civil em duas bancas localizadas Shopping Popular na cidade de Rondonópolis(220 Km de Cuiabá), aprendendo, 1.349 a 1.358 CD’s, DVD’s, e bolsas de marcas variadas.
O material foi tido como de origem “pirata”, sendo apreendido, catalogado e encaminhado para a Unidade Regional de Criminalística da cidade para que fosse realizada a perícia técnica a fim de verificar a originalidade da mercadoria.
Segundo o juiz Francisco Rogério Barros, da Primeira Vara Especializada da Fazenda Pública de Rondonópolis a delegada que estava de plantão no dia da apreensão conversou com o empresário o orientou a adquirir produtos semelhantes aos apreendidos, porém originais.
O comerciante fez o que foi mandado e entregou material legítimo à delegada, que os substituiu no momento de encaminhar à perícia para averiguação de autenticidade. “Conforme apontado na inicial, pela ré Anaide Barros de Souza Santos, na qualidade de Delegada de Polícia, foi realizada troca, junto ao setor de criminalística da Polícia Civil de Rondonópolis, da mercadoria apreendida no estabelecimento comercial do réu Nivaldo Duque Dos Santos, com quem mantinha amizade e posterior relação de namoro, por se tratarem de produtos tido como "piratas", ou sejam, ilegais, por outros, regulares, antes que fossem encaminhados para serem submetidas à perícia técnica, em Cuiabá, a fim de que fosse verificada sua originalidade”, diz trechos da sentença proferida em 2012.
Nesta sexta feira, 13, o governador Mauro Mendes (DEM) acatou a decisão da Justiça e exonerou a delegada A exoneração tem efeito retroativo a 28 de fevereiro deste ano. Anaíde também foi condenada a pagar multa civil de R$ 71.615,44, conforme determinação da Justiça.