Polícia
MP denuncia socialite e esposa de ex-Deputado Lidiane Campos, por homicídio, por matar menino de 3 em MT
A influencer e mulher do ex-deputado federal Adilton Sachetti, Lidiane Campos, foi denunciada pelo Ministério Público de Mato Grosso por homicídio culposo
23/07/2020
Segundo o MP, Lidiane agiu com imprudência e, assim, “inobservando o dever de cuidado ínsito a todo os condutores (...) imprimindo velocidade superior à permitida para a via (30 km/h), avançou a sinalização de parada obrigatória, invadindo a preferencial”, disse a acusação do MP.
Na época, após o acidente, a influencer afirmou, através de seu advogado, que não prestou socorro por medo de ser agredida por testemunhas. Lidiane abandonou o veículo no local.
A defesa de Flávia Augusta da Silva, mãe do menino Daniel, não ficou satisfeita com a conclusão do indiciamento de Lidiane. “A gente esperava que fosse caracterizado o homicídio doloso (quando há intenção de matar) pelo dolo eventual, uma vez que ela, além do excesso de velocidade, comprovado pelo laudo, também invadiu uma via preferencial – duas condutas ilícitas -, portanto, assumiu o risco de produzir o resultado. Além da omissão de socorro, que também foi confirmada pelas testemunhas”, disse o advogado Ronaldo Bezerra.
A família da vítima também se queixa por Lidiane não ter se prontificado a ressarcir as despesas do velório e pela demora da conclusão do inquérito. Fato que a Polícia Civil afirma ter ocorrido por causa de investigações e perícias para tentar comprovar a possível situação de embriaguez da influencer. O advogado da influencer, Wilson Lopes, disse que não teve acesso aos autos, alegando que estamos vivendo uma pandemia (da covid-19) e todos os órgãos públicos estão fechados. “Não sei como isso vazou em meio a esta situação que estamos vivendo”, afirmou. Questionado sobre a insatisfação da família da vítima com o resultado do inquérito, Lopes rebateu dizendo que é mera opinião.
Na peça acusatória, o MP – afirmou ainda - que Lidiane “saiu em desabalada carreira, em alta velocidade, pela contramão de direção, deixando de prestar socorros às vítimas, mesmo sendo possível fazê-lo sem risco pessoal” e depois abandonou o carro nos fundos de um supermercado. O Ministério Público também pede indenização a “título de reparação dos danos materiais e morais sofridos pelos familiares da vítima”.
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