Polícia
Alvo de Operações Policiais, médico Gustavo Palma, ex secretário de saúde de Cuiabá e um dos investigados na Operação Raio X
Uma das operações, a segunda fase da Operação Overpriced, iniciada em junho do ano passado, revelou um esquema de compra de medicamentos superfaturados durante a pandemia da covid-19
Gustavo Raboni Palma, ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá e figura central na Operação Raio X, desencadeada pela Polícia Civil nesta quinta-feira,23, já havia sido objeto de duas outras ações investigativas relacionadas a desvios na saúde da capital.
Uma das operações, a segunda fase da Operação Overpriced, iniciada em junho do ano passado, revelou um esquema de compra de medicamentos superfaturados durante a pandemia da covid-19.
Raboni enfrenta acusações de organização criminosa, fraude em licitação e peculato nesse processo, que tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
A prisão do ex-secretário-adjunto ocorreu durante a Operação Overpay, deflagrada em julho deste ano. Raboni, proprietário da LG Med Serviços e Diagnósticos, foi detido por supostos plantões "fakes" em unidades de Cuiabá.
A empresa, que firmou contrato de R$ 25,9 milhões com a Prefeitura, deveria fornecer médicos plantonistas para UPAs locais.
Contudo, os pagamentos autorizados eram superiores aos serviços prestados.
Após breve detenção e uso de tornozeleira eletrônica até outubro, a qual foi revogada pelo Tribunal de Justiça, Raboni volta a ser alvo policial na Operação Raio X.
Essa ação visa apurar irregularidades na contratação de serviços de raio-X e ultrassonografia pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá em 2022, com indícios de irregularidades em um processo licitatório de R$ 2,6 milhões.
Nessa fase, não ocorreram prisões. As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), estão em andamento.