Romero Xavier, ex-marido da produtora rural Raquel Maziero Cattani, de 26 anos, mandou o irmão Rodrigo Xavier, matá-la. O motivo: ele não aceitava o fim do relacionamento do casal.

Os dois irmãos responderão por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe e não dar chances de defesa para a vítima.

A pena pode chegar a 30 anos em regime fechado.

A prisão do executor ocorreu no início da noite de quarta-feira,24, na cidade de Lucas do Rio Verde.

Após horas de vigilância, Policiais Civis chegaram na residência dele e ao inquiri-lo, ele apresentou muito nervosismo.

Como a porta da residência estava aberta, os policiais observaram um frasco de perfume feminino, em cima de uma bancada.

Na casa dele foram encontrados ainda outros frascos de perfume, um aparelho de som, um cinto, um porta-celular e uma faca, todos os objetos pertencentes à vítima.

A bota que ele utilizou para cometer o crime possuía total semelhança com a pegada encontrada na televisão na casa da vítima.

Diante das evidências, ele acabou confessando o homicídio de Raquel Cattani.

As evidências iniciais da Policia Civil foram feitas durante a análise no local do crime.

Um investigador notou que a janela do quarto dos filhos da vítima havia sido arrombada.

Diante disso, foi solicitada a extração de eventuais impressões digitais, que foi realizada pela Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec).

A Polícia Civil apreendeu ainda no local do crime um televisor que continha também algumas pegadas.

Houve questionamento do porque alguém tentaria levar uma televisão em uma motocicleta.

Segundo a Polícia, o televisor foi deixado de forma proposital para fora da casa com o intuito de complicar a investigação.

O executor do crime Rodrigo Xavier, tem diversas passagens por furtos e outros crimes, além de ter sido usuário de entorpecentes.

O mandate e ex-marido foi preso no assentamento Pontal do Marape e levado para a cidade de Nova Mutum.

A Polícia Civil relatou que o mandante, o ex-marido, se encontrou com Rodrigo em Lucas do Rio Verde, na manhã do dia 17 de julho, dois dias antes do crime.

Romero havia planejado alguns atos para o crime, semanas antes.

Ele trouxe um dia antes do crime o irmão para o sítio PH, de Raquel Cattani, e ele ficou na esperando o momento certo de agir.

Nesse mesmo dia, 18, Romero almoçou com o ex-sogro, Gilberto Cattani, em sua residência chorou por extar separado de Raquel.

Após almoçar com o sogro, ele pegou os dois filhos e os levou para Tapurah, na casa de familiares, a fim de criar o álibi e afastá-los do crime planejado.

No mesmo dia 18, final da tarde, ele comprou cervejas, bebeu e fez churrasco em sua residência em Tapurah, com amigos.

À noite, ele foi em três boates para reforçar o álibi de que estaria da cidade de Tapurah, afastando assim, qualquer suspeita.

Rodrigo, a mando do irmão ficou à espreita de Raquel, até ela chegar ao sítio sozinha, por volta das 20:00 hs.

Foi nesse momento que ele a atacou e desferiu 34 facadas contra ela, que teve morte instantânea.

Em seguida, ele levou alguns pertences de Raquel para simular latrocínio(roubo seguido de morte).

Ele também quebrou a televisão na parte de fora da casa e levou a motocicleta da vítima para tentar ‘maquiar’ o crime.

O matador, segundo a Polícia, jogou a motocicleta, o celular e a faca do crime em um rio da Nova Mutum.

A Polícia vai solicitar ao Corpo de Bombeiros para realizar buscas no local.

Raquel foi morta na manhã de sexta-feira,19, na região do Pontal do Marape, na residência onde a vítima residia, na zona rural da cidade de Nova Mutum(264 KM de Cuiabá).

Havia pegadas de um sapato masculino na casa. Raquel era casada e mãe de dois filhos e estava em processo de separação litigiosa com o autor intelectual de seu assassinato.

Romero chegou a ser preso por Policiais Militares no início da tarde de sexta-feira, 19, por ter cometido feminicídio contra a produtora rural.

Ele negou e foi liberado. Ele chegou a chorar próximo ao caixão de Raquel no velório.

O deputado estadual Gilberto Cattani, PL, pai de Raquel, saiu em defesa do genro e disse que a imprensa estava criando factoides e não respeitava o luto de sua família ao acusar o genro.