Polícia

Preso no Acre, réu que matou PM da reserva em MT é condenado a 15 anos

O réu Adryan Christyan da Silva Soares, que está preso no Acre, deverá ser transferido para Mato Grosso

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM MP-MT 29/10/2024
Preso no Acre, réu que matou PM da reserva em MT é condenado a 15 anos
O crime ocorreu em um bar da cidade, no bairro Jardim Aeroporto | MP-MT

Condenado a 15 anos e seis anos de prisão pelo Tribunal do Júri, em julgamento realizado na quinta-feira (24), em Cáceres (município distante a 217 km de Cuiabá), o réu Adryan Christyan da Silva Soares, que está preso no Acre, deverá ser transferido para Mato Grosso.

A determinação para transferência consta na sentença que o condenou pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e organização criminosa.
 

De acordo com a denúncia, o réu integra organização criminosa e no dia 2 de março de 2022, junto com outros dois denunciados, matou o policial militar da reserva Abel Cebalho de Souza. O crime ocorreu em um bar da cidade, no bairro Jardim Aeroporto. Também foram denunciados pelos mesmos crimes Julio Cesar Lages da Silva e Elivelton da Silva Castro.
 

A vítima, conforme apurado pela autoridade policial, havia adquirido o bar há pouco tempo e teria sido morta por engano. Os autos revelam que o antigo titular do estabelecimento, que antecedeu ao PM, era tido pelo comando vermelho como traficante, com comercialização de droga que não era fornecida pela organização e sem pagamento de “taxa”, valor exigido pela facção daqueles que vendem tóxicos de fontes alheias.
 

“A chefia da organização criminosa, por desconhecer a recente mudança de propriedade do bar denominado “Empório Medina”, “decretou” a execução do seu titular, imaginando que com isso exterminaria um traficante rival”, diz a denúncia.
 

Durante o julgamento, os jurados acolheram a tese defendida pelo Ministério Público de que o crime de homicídio foi cometido por motivo torpe e com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima. Consta na denúncia, que o PM da reserva foi surpreendido e atingido por disparo de arma de fogo a curta distância, enquanto pretendia servir refrigerante ao executor. Os outros dois réus ainda não foram submetidos a júri.