Polícia

Membros do Comando Vermelho de MT transferiram para o Rio de Janeiro R$ 15 milhões, diz Gaeco

Segundo o Gaeco, vários criminosos mato-grossenses, depois de irem para o regime semiaberto, com monitoramento eletrônico, rompem o lacre e fogem para o Rio

20/03/2025
Membros do Comando Vermelho de MT transferiram para o Rio de Janeiro R$ 15 milhões, diz Gaeco
Membros do Gaeco explicaram o esquema de extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa desarticulado com a Operação Acqua Ilicita | MP-MT

Membros do Comando Vermelho que agem em mato Grosso transferiram nos últimos anos cerca de R$ 15 milhões para o Rio de Janeiro, onde fica sediada a direção nacional da facção criminosa.

O repasse é obrigatório e dezenas de criminosos que agiam nas principais cidades de Mato Grosso, como Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e Rondonópolis, foram embora para o estado carioca e estão sob proteção dos membros do CV.

A afirmação foi feita por membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - formado por membros do Ministério Público Estadual, Polícia Civil e pela Polícia Militar – e que identificou, através do trabalho da inteligência, a transferência do dinheiro e as respectivas mudança dos membros da facção para o Rio de Janeiro.

Segundo o Gaeco, vários criminosos mato-grossenses, depois de irem para o regime semiaberto, com monitoramento eletrônico, rompem o lacre e fogem para o Rio.

Nesta quinta-feira, 20, a justiça expediu na Operação Acqua Ilicita, 60 mandados de busca e apreensão, 12 mandados de prisão e sequestro de bens e valores ilícitos, incluindo 33 veículos e que foram cumpridos nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop.

Os criminosos aumentavam os preços para os consumidores com o objetivo de enriquecer. As investigações apontaram para o Comando Vermelho em expansão visando lucros por meio de atividades ilícitas.

O Serviço de Inteligência da Polícia Militar, em colaboração com os agentes do Gaeco, constatou que os criminosos cobravam um alto preço pelo controle econômico de comerciantes. Sob coação, eles eram cooptados a aderir ao grupo criminoso.

Ao todo, participam da operação mais de 400 policiais militares.

A Polícia Militar esteve presente na operação através da sua Rede de Enfrentamento Tático Contra as Facções Criminosas (REFAC), composta pelos setores de inteligências e unidades táticas e operacionais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), Forças Táticas, Companhia Raio e Grupo de Apoio (GAP).