Polícia

Juiz converte em preventiva prisão de subtenente da PM que matou a ‘sangue frio’ rapaz em bar em cidade de MT

O PM foi preso na madrugada de segunda feira, 24, pela Policia Civil e o juiz converteu a sua prisão em preventiva

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM PC-MT 24/03/2025
Juiz converte em preventiva prisão de subtenente da PM que matou a ‘sangue frio’ rapaz em bar em cidade de MT
O assassino é policial militar e direto da Escola Militar Tiradentes do município | PC-MT

O juiz da Comarca de Colniza((1.065 km de Cuiabá), Guilherme Leite Roriz, com parecer favorável do promotor de Justiça substituto Bruno Barros Pereira, manteve a prisão do subtenente Elias Ribeiro da Silva, de 54 anos, que matou a tiros Claudemir Sá Ribeiro, de 26 anos, em um bar no município na noite de domingo,23.

O PM foi preso na madrugada de segunda feira, 24, pela Policia Civil e o juiz converteu a sua prisão em preventiva.

A vítima foi morta a ‘sangue frio’ na noite de domingo,23, em um bar na avenida Taruma, de Colniza.

O assassino é policial militar e direto da Escola Militar Tiradentes do município.

Segundo testemunhas, o atirador teria se revoltado ao ver que as mulheres que o acompanhavam foram para a mesa onde a vítima estava com amigos. Ele ficou revoltado e atirou.

Após o crime, ele fugiu, mas, foi localizado em sua casa e preso, sem oferecer resistência. A arma do crime foi apreendida.

Uma câmera de segurança gravou todo o crime. Nas imagens, é possível ver o suspeito se dirigindo à mesa em que Claudemir estava com o irmão e mais um rapaz, conversar poucas palavras, sacar uma arma de fogo da cintura e atirar à queima-roupa no peito da vítima, que tenta correr, mas morreu pouco depois.

O irmão da vítima foi ouvido pela Polícia Civil e disse que o suspeito foi à mesa acusando Claudemir de ser integrante de uma facção criminosa. Em seguida, sem que a vítima reagisse, atirou.

A ex-namorada da vítima também foi ouvida. Ela esteve com o suspeito durante o dia no bar em que o crime aconteceu. A mulher relatou que, quando estava em outra mesa com o suspeito, ele apontou para Claudemir dizendo que ele era faccionado. A ex-namorada negou que o jovem pertencesse a alguma facção, mas o suspeito teria discutido com ela insistindo na afirmação.

Ela disse que saiu da mesa e, quando retornou, cumprimentou o ex-namorado, ação que teria causado revolta no suspeito. Devido a isso, ela foi embora do bar e não presenciou a execução.

Uma funcionária do bar disse à polícia em depoimento que o suspeito havia chegado ao estabelecimento com algumas mulheres e pagado cervejas a elas. Porém, depois de um tempo essas mulheres sentaram na mesa em que a vítima estava com o irmão.

O suspeito teria reclamado da ação com funcionários do bar, dizendo que ele teria pagado bebidas a elas e, agora, elas “estavam sentadas com faccionados”. A funcionária do bar disse, ainda, que o suspeito teria falado em “matar todo mundo”.

O subtenente preso também foi ouvido. Em seu interrogatório, ele alegou que, ao sair do banheiro, teria sido abordado por alguém dizendo que o “disciplina” de uma facção criminosa queria falar com ele e que esse “disciplina” seria Claudemir.

O policial afirmou que o motivo seria que ele estaria oprimindo “irmãos da facção” no colégio militar em que o suspeito é diretor. Ele disse, ainda, que teria ocorrido uma discussão e Claudemir teria se levantado e feito menção a sacar uma arma, o obrigando a reagir.

Porém, segundo o delegado de Juína, Ronaldo Binoti Filho, responsável pela investigação, a versão é completamente fantasiosa, como mostram as imagens de videomonitoramento e os depoimentos das testemunhas.

“Ele atirou à queima-roupa contra um rapaz completamente inocente, que estava mexendo no celular quando fora atingido, simplesmente pelo fato de não ser correspondido pelas mulheres com quem esteve durante o dia. As imagens são completamente repugnantes e não condizem com o comportamento esperando por integrantes das forças de segurança”, afirmou o delegado.

Diante disso, o delegado lavrou o flagrante do suspeito e representou pela conversão da prisão em preventiva que foi deferido pelo juiz. O assassino passou por audiência de custódia e está preso.