Polícia
Justiça mantém prisão preventiva de advogado de VG por pertencer ao Comando Vermelho e praticar tráfico, fraude, comércio ilegal e associação criminosa
As investigações, conduzidas pelas Delegacia de Apiacás, têm ainda como alvos quatro detentos, sendo dois homens e duas mulheres, que cumprem penas na Penitenciária Central do Estado (PCE) e no Presídio Ana Maria do Couto

A Vara Única Criminal da Comarca de Apiacás(962 KM de Cuiabá) manteve a prisão preventiva de um advogado de Várzea Grande por pertencer a facção criminosa Comando Vermelho e praticar tráfico, fraude, comércio ilegal e associação criminosa. As investigações apontaram que o advogado atuava não só com a assessoria jurídica, mas com outros crimes praticados pela facção.
A Polícia Civil deflagrou na quinta-feira (16), a Operação Patrono do Crime, para cumprimento de ordens judiciais contra integrantes de uma facção criminosa envolvida em crimes de organização criminosa, associação para o tráfico, fraude processual, falsidade ideológica, favorecimento pessoal, comércio ilegal de arma de fogo, entre outros.
As investigações, conduzidas pelas Delegacia de Apiacás, têm ainda como alvos quatro detentos, sendo dois homens e duas mulheres, que cumprem penas na Penitenciária Central do Estado (PCE) e no Presídio Ana Maria do Couto.
As ordens judiciais, sendo cinco mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão domiciliar, foram expedidas pela Vara Única de Apiacás.
O cumprimento dos mandados conta com apoio da equipe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), além dos policiais da Delegacia de Paranaíta, Delegacia de Apiacás e do Núcleo de Inteligência de Alta Floresta. A operação também com o auxílio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). Os trabalhos são acompanhados pela OAB.
As investigações apontaram que o advogado, alvo das investigações, era integrante da organização criminosa, não apenas fornecendo assessoria jurídica para os membros, mas atuando em diversas frentes, como por exemplo, venda ilegal de armas de fogo e utilizar das prerrogativas de sua profissão para realizar a consulta de pessoas, a mando da facção, para verificar se pertenciam a outra organização criminosa.
Ele também era responsável pelo resgate de drogas não apreendidas pela Polícia, ou seja, ao perceber que o cerco estava fechando, os integrantes da facção criminosa entravam em contato com o investigado, que atuava como intermediário entre presos e outros integrantes, informando o ponto em que a droga estava escondida, para que fosse retirada do local, por outros integrantes da organização criminosa, antes que o entorpecente fosse descoberto e apreendido em ações das Forças de Segurança.