Polícia
Psicólogo de Cuiabá que filmava partes íntimas de mulheres no Comper é solto por juíza: “Não havia gravidade concreta”
A prisão foi feita pela Polícia Militar após uma cliente flagrar a ação e alertar a vítima, de 25 anos

O psicólogo Ygor Barros da Costa Miranda, que atende pacientes em Cuiabá com base nas teorias sexuais de Freud e nas abordagens psicológicas de Jung, foi preso no último domingo (3) acusado de filmar, por baixo dos vestidos, as partes íntimas de mulheres dentro do supermercado Comper, no bairro Jardim Petrópolis.
A prisão foi feita pela Polícia Militar após uma cliente flagrar a ação e alertar a vítima, de 25 anos. O namorado da mulher confrontou o acusado, que tentou apagar as imagens, mas os arquivos foram recuperados no celular.
Apesar do flagrante e da materialidade do crime, a juíza plantonista Gisele Alves Silva, do Núcleo de Audiências de Custódia da Capital, concedeu liberdade provisória ao acusado, afirmando que a conduta não apresentava “gravidade concreta” suficiente para justificar prisão preventiva. Ela citou que Ygor possui residência fixa, emprego regular e não tem antecedentes criminais.
O caso causou revolta e indignação, especialmente pelo contraste entre a profissão do acusado — que exige ética, respeito e sigilo — e o crime que lhe é atribuído. Ygor se apresenta como psicólogo clínico, oferecendo atendimentos que exploram temas profundos ligados à sexualidade e ao inconsciente, inspirados nas teorias de Sigmund Freud e Carl Gustav Jung.
O psicólogo responderá ao processo de importunação sexual em liberdade, devendo cumprir medidas cautelares como não se aproximar da vítima, não cometer crimes semelhantes, comparecer a todas as audiências e informar à Justiça qualquer mudança de endereço. O descumprimento das regras pode levar à sua prisão novamente.