O que era para ser uma noite de diversão terminou em terror para a estudante de Odontologia Jéssica Luana, 25 anos. Ela foi brutalmente agredida e humilhada por três mulheres identificadas como J.N., T.N.I. e J.N.C. durante uma festa em uma fazenda, na noite de sábado,09, em Nossa Senhora do Livramento (42 km de Cuiabá). Segundo a vítima, uma das agressoras é madrasta de seu namorado.

Jéssica contou que desconhecia qualquer motivo para a hostilidade e só percebeu que havia se tornado alvo quando foi atacada em público.

“Eu e meu namorado estávamos no bar, dançando e aguardando nossa bebida, quando a madrasta dele falou algo no ouvido dele e ficou ao lado. Perguntei o que ela havia dito e, de repente, ela começou a gritar: ‘Você chegou agora e já quer sentar na janela. Você é uma vagabunda, garota de programa! Todo mundo aqui sabe que você faz programa’”, relatou a estudante.

A situação escalou rapidamente: a irmã da madrasta avançou contra Jéssica e deu tapas em seu rosto. Em choque, a jovem tentou se proteger correndo para um quarto, mas foi seguida e novamente agredida — desta vez, pela mãe das agressoras.

O ataque só cessou momentaneamente quando uma senhora que estava no quarto ao lado percebeu o que acontecia e interveio. Mas, na saída da festa, o grupo voltou a cercar a vítima. A confusão só terminou quando o segurança disparou um tiro para o alto para dispersar as agressoras.

O casal deixou a fazenda e registrou boletim de ocorrência na Central de Flagrantes de Várzea Grande. No documento, Jéssica afirma que as agressões começaram por volta das 21h e que apenas pediu respeito à madrasta, sem revidar fisicamente.

A estudante também apresentou prints de conversas que mostram o preconceito e o julgamento das agressoras, que a chamavam de “garota de programa” e faziam referência depreciativa ao fato de ela morar em bairro periférico.

Jéssica usa suas redes sociais para divulgar seu trabalho como Lash Designer, vendedora de roupas e para compartilhar sua rotina como universitária. Ela ingressou com medidas judiciais contra as três mulheres por lesão corporal, calúnia e difamação.

A Polícia Civil investiga o caso e deverá intimar as envolvidas para prestar esclarecimentos.