A Polícia Civil concluiu que o assassinato do ex-jogador da seleção brasileira de vôlei Everton Pereira Fagundes da Conceição, o “Everton Boi”, de 46 anos, foi motivado por ciúmes e comportamento possessivo.

O inquérito, finalizado na quarta-feira (13), aponta que o acusado Idirlei Alves Pacheco, de 40 anos, não aceitava o fim do relacionamento com a ex-mulher, que havia solicitado medidas protetivas contra ele semanas antes do crime.

Segundo as investigações, Everton Boi mantinha contato próximo tanto com Idirlei quanto com a ex-companheira dele, e teria iniciado um relacionamento amoroso com a mulher. Para os investigadores, esse foi o estopim que levou o acusado a planejar e executar o homicídio.

No dia da execução, em julho deste ano, Idirlei atraiu o ex-atleta com a desculpa de pedir ajuda para guardar um carro, alegando estar sob risco de uma suposta busca e apreensão. Durante o trajeto, Everton foi rendido e obrigado a dirigir até colidir o veículo contra outro carro. Em seguida, foi atingido por três tiros à queima-roupa. O suspeito fugiu logo após os disparos.

Preso preventivamente, Idirlei confessou ter matado Everton, mas tentou justificar o crime afirmando que a vítima o estaria extorquindo — versão que não foi confirmada pela polícia.

O caso foi enquadrado como homicídio qualificado. Para os investigadores, a ação foi motivada por ciúmes doentios e inconformismo com o fim do relacionamento. O inquérito já foi encaminhado ao Poder Judiciário e aguarda manifestação do Ministério Público sobre a denúncia. Idirlei segue preso preventivamente.

Natural de Várzea Grande (MT), Everton Boi foi um dos nomes de destaque do voleibol brasileiro nos anos 90 e 2000.

Entre suas conquistas estão o título de Campeão Mundial Infanto-Juvenil, Campeão Sul-Americano Juvenil e Campeão da Liga Nacional. Jogava na posição de oposto, sendo o principal atacante das equipes por onde passou, e representou o Brasil nas categorias de base, deixando um legado no esporte nacional.