Polícia

Festas, drogas e milhões: DJs presos de novo em megaoperação

As investigações prosseguem e podem levar a novas prisões nos próximos dias

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM PC-MT 14/08/2025
Festas, drogas e milhões: DJs presos de novo em megaoperação
A operação desta quinta é resultado de uma investigação de longo prazo iniciada após o inquérito de 2019 | PC-MT

O glamour das pistas de dança foi trocado, mais uma vez, pelas grades de uma cela. Diego de Lima Datto, 41, e Patrike Noro de Castro, 39 — DJs conhecidos no circuito de festas de luxo de Mato Grosso — foram novamente presos nesta quinta-feira (14) em uma megaoperação da Delegacia de Repressão a Narcóticos (Denarc) que investiga um esquema milionário de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas com ramificações em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Não é a primeira vez que os dois aparecem no noticiário policial. Em 2019, eles já haviam sido presos sob acusação de vender drogas sintéticas durante apresentações e até realizar entregas na modalidade “delivery” para clientes selecionados.

Diego foi capturado em casa, no bairro Araés, onde foram apreendidos quatro celulares. Seu irmão também foi levado à delegacia, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.

Patrike foi preso em um apartamento no Despraiado. A polícia recolheu o celular, uma Land Rover e 54 cigarros eletrônicos, que podem estar ligados à movimentação financeira investigada.

A operação desta quinta é resultado de uma investigação de longo prazo iniciada após o inquérito de 2019. Segundo a Denarc, os investigados movimentavam valores expressivos por meio de contas próprias e de terceiros, fracionando depósitos para ocultar a origem ilícita do dinheiro.

Ao todo, a ação cumpriu: 7 prisões, 11 medidas cautelares diversas da prisão, 14 mandados de busca e apreensão, 19 bloqueios de contas bancárias e sequestro de 16 veículos

O líder do grupo já está preso, mas, segundo o delegado André Rigonato, a meta agora é descapitalizar a organização criminosa.

“O objetivo é interromper o fluxo financeiro do grupo criminoso e sufocar a estrutura do crime organizado em Mato Grosso”, afirmou Rigonato.

As investigações prosseguem e podem levar a novas prisões nos próximos dias.