O evento que marca a reabertura do Hospital Estadual Santa Casa será no
próximo dia 23 de julho e contará com a presença do ministro da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta.
A solenidade ocorrerá na própria unidade, a partir das 9h30. Além do
ministro, também estarão presentes o governador Mauro Mendes e o
secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, entre outras
autoridades.
Após a inauguração, será necessário ainda um prazo de ao menos dois
dias para cumprir os procedimentos de desinfecção e, assim, o hospital
voltar a atender a população.
Já foram contratados 255 funcionários das áreas de enfermagem,
administrativa, fisioterapia, nutrição clínica, maqueiros, psicologia e
assistente social. Desse total, 101 eram funcionários da antiga Santa Casa.
“O hospital está em fase final de readequação da estrutura, com todos os
funcionários e equipe técnica contratada para iniciar as atividades”,
relatou o secretário Gilberto Figueiredo.
Depois da conclusão dos procedimentos, o hospital iniciará suas atividades
com atendimentos nas áreas de Oncologia (tratamento de câncer),
Nefrologia (hemodiálise), UTI Adulto, Pediátrica e Neonatal, Pronto
Atendimento Infantil, cirúrgias pediátricas e cirurgia geral (para
intercorrências das UTIs).
Ofertará também Serviços de Apoio e Diagnóstico Terapêutico (SADT)
como Tomografia, Raio-X, Ultrassonografia, Densitomestria Óssea,
Cateterismo, Ressonância para crianças, hemoterapia, exames
laboratoriais clínico e de anátomo-patológico (usado para o diagnóstico
preciso de doenças).
Já na segunda etapa (30 dias após a reabertura), a unidade passará a
ofertar mais serviços à população, atendendo também nas áreas de
Cardiologia, Vascular, Ortopedia Pediátrica, Neurocirurgia Pediátrica e
cirurgias gerais de média complexidade.
A equipe de regulação do Estado já iniciou o processo de planejamento
para realização das primeiras cirurgias. Além disso, as UTIs já estarão com
100% da sua capacidade em operação.
A estimativa, de acordo com o secretário Gilberto Figueiredo, é que além
das cirurgias já previstas de alta complexidade, serão realizadas em torno
de 180 cirurgias por mês, de média e baixa complexidade.
Para realizar os trabalhos de readequação na estrutura, como pintura,
troca de piso, manutenção do telhado, manutenção elétrica e hidráulica, o
Governo já investiu, aproximadamente R$ 2 milhões. Foram repaginadas
as alas das UTIs, da pediatria, da cozinha, da recepção e da administração.
O hospital contará com 242 leitos, sendo 30 leitos de UTI (11 leitos de UTI
Adulto), 10 leitos de UTI Pediátrica e 09 leitos de UTI Neonatal), 22 leitos
de Pronto Atendimento infantil, 61 leitos de pediatria (clínica e cirúrgica) e
129 leitos de internação adulta (clínica e cirúrgica).
O centro cirúrgico possui parque tecnológico moderno com 10 salas de
cirurgias e 10 leitos de recuperação pós anestésica (RPA).
O caso Hospital Santa Casa
Após uma grave crise financeira, o hospital filantrópico mantido pela
Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá – mais antiga unidade de saúde da
apital – fechou as portas no dia 11 março deste ano, ocasião em que
deixou de prestar atendimentos de saúde à população mato-grossense.
Diante da situação, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado
de Saúde (SES-MT), decretou, no dia 2 de maio, a requisição
administrativa dos bens e serviços da Santa Casa de Misericórdia,
assumindo o controle da unidade com objetivo de assegurar os
atendimentos de média e alta complexidade aos cidadãos que dependem
do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os valores que o Estado passou a pagar para poder utilizar a estrutura e os
equipamentos da unidade estão sendo destinados, de forma preferencial,
para o pagamento dos salários atrasados dos funcionários.
Durante o processo de estudo e avaliação do prédio, a equipe da SES-MT
constatou que algumas readequações precisavam ser feitas para atender
às normas estabelecidas pela Vigilância Sanitária.
A última reforma realizada na unidade aconteceu em 2017. Diversas
intervenções foram necessárias: troca de piso, pintura, manutenção do
telhado e da rede elétrica e revitalização das alas da Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), da cozinha, do refeitório, da recepção e do setor
administrativo.