Política

Editorial: Gestão de Emanuel Pinheiro: o que não podemos ver pode ser pior

É certo que com o aumento da pobreza em Cuiabá, que tem uma população de 650.912 mil pessoas, e o aumento de um desemprego galopante, não é surpreendente que os eleitores estejam fartos.

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA 08/10/2023
Editorial: Gestão de Emanuel Pinheiro: o que não podemos ver pode ser pior
Já são 18ª operações que envolveram servidores, empresários e empresas em uma organização criminosa que desviou centenas de milhares de reais da Prefeitura de Cuiabá | Arquivo Página 12

Uma gestão pífia – em série de estatísticas recentes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) - mostra que a gestão do prefeito emedebista de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, nos últimos anos, está se saindo mal.

O munícipio, após a pandemia, deveria recuperar depois de políticas draconianas de gestão, mas, após um renascimento inicial, as coisas correram mal.

No início deste mês, a gestão entrou mais uma vez no epicentro de uma operação da Polícia Federal contra um processo cancerígeno de corrupção inserido no ‘seio’ da administração do prefeito.

Agora já são 18ª operações que envolveram servidores, empresários e empresas em uma organização criminosa que desviou centenas de milhares de reais da Prefeitura de Cuiabá.

A figura mais preocupante, porém, é aquela que não podemos ver.

A taxa de desemprego do jovem de Cuiabá foi suspensa da divulgação de dados económicos, tendo atingido um recorde surpreendente – sugerindo não só que nos últimos seis meses foi mais sombrio, mas que a melhoria não é esperada para breve.

A gestão de Emanuel Pinheiro não publica série de estatísticas. Embora existam muitas razões para isso.

Mas, segundo números do IBGE, a educação em Cuiabá de crianças de 06 a 14 anos ocupa a 4.692 posição comparando a 5.570 munícipios no país.

E em Mato Grosso ela está em 104 lugar de um total de 141 municípios.

A educação de Cuiabá no ensino fundamental do IDEB obteve uma nota 5,5 e nos anos finais de 4,6.

A mortalidade infantil na gestão de Emanuel Pinheiro ocupa hoje a 2.093 posição no Brasil, de um total de 5.570 cidades.

No estado, Cuiabá está na 58 posição em comparação a 141 cidades mato-grossenses.

É certo que com o aumento da pobreza em Cuiabá, que tem uma população de 650.912 mil pessoas, e o aumento de um desemprego galopante, não é surpreendente que os eleitores estejam fartos.

Eles seriam perdoados por quererem mudanças nas próximas eleições municipais.

No entanto, votar na continuidade de uma gestão ‘caolha’ protagonizado por Pinheiro, seria um erro grave, “uma tragédia e um escândalo”, e o município poderá ter consequências por muito tempo.

Aliás, honestidade anda em falta nos dias atuais.

É característica da pessoa ou instituição que repudia a malandragem, a esperteza de querer levar vantagem em tudo.

Tal substantivo é tão raro que até o sujeito afeito à honestidade é chamado de burro.

E é justamente nos momentos mais difíceis que o combate à corrupção precisa ser reforçado.

Como dizia o venerável e histórico diplomata Ruy Barbosa: “Não se deixem enganar-se pelos cabelos brancos, por que os canalhas também envelhecem”. E envelhecem mesmo.

Que o povo cuiabano faça seu julgamento nas próximas eleições e na sua consciência lúcida e honrada separe os que são dignos e coerentes daqueles que sempre foram espertalhões, gananciosos e interesseiros.