Política
STF retira grades de proteção em ato simbólico com participação de Barroso e Lula
Cercados começaram a ser instalados em 2013 em ocasiões especiais, mas passaram a ficar em definitivo a partir de 2016; Corte repete iniciativas tomadas pelo Planalto e Congresso
O Supremo Tribunal Federal (STF) retirou as grades de proteção que ficavam em volta da sede da Corte, em um dos lados da praça dos Três Poderes, em Brasília.
Os equipamentos foram removidos nesta quinta-feira (1º), depois da cerimônia de abertura do ano do Judiciário. O presidente da Corte, ministro Roberto Barroso, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fizeram um ato simbólico movendo uma das barreiras de lugar.
Ministros do Supremo e do governo acompanharam a remoção, além de autoridades que participavam da sessão do tribunal.
A iniciativa segue medidas semelhantes às tomadas pelo Palácio do Planalto e pelo Congresso, em maio de 2023 e em janeiro de 2024, respectivamente.
A partir de agora, o complexo urbanístico da praça dos Três Poderes está sem nenhum tipo de grade.
O gradil em volta do STF começou a ser instalado em 2013 para proteção do edifício em situações excepcionais. A partir de 2016, os equipamentos de proteção passaram a ficar instalados permanentemente.
Ao longo dos últimos anos, com aumento da tensão contra o Supremo e ministros, o uso de grades foi ampliado e reforçado.
O auge dessas tensões se deu durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que – junto com aliados – costumavam fazer declarações supostamente incitadoras contra o Supremo e seus ministros.
Os momentos de maior pressão foram nos atos relacionados às comemorações do Dia da Independência, em 7 de setembro de 2021 e de 2022.
Nas duas ocasiões, apoiadores do ex-chefe do Executivo fizeram caravanas a Brasília. Em 2021, houve o rompimento de uma barreira policial no começo da Esplanada dos Ministérios por caminhões.
Em 8 de janeiro de 2023, apesar das grades ainda instaladas, milhares de pessoas invadiram o STF e as sedes do Executivo e Legislativo.