Política
Tentativa de envenenamento não deu certo, estamos aqui, diz Lula
Presidente comentou sobre plano para o seu assassinato em 2022, revelado pela Polícia Federal
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comentou nesta quinta-feira (21) sobre a tentativa de assassinato contra ele, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, planejada por militares em 2022.
“Sou um cara que eu tenho que agradecer agora, muito mais, porque eu estou vivo. A tentativa de envenenar eu e o Alckmin não deu certo, nós estamos aqui”, disse Lula em evento no Palácio do Planalto.
Na terça-feira (18), uma operação da Polícia Federal prendeu preventivamente quatro militares do Exército e um policial federal, que seriam integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes.
“Eu não quero envenenar ninguém, eu não quero nem perseguir ninguém. A única coisa que eu quero é que quando terminar o meu mandato a gente desmoralize com números aqueles que governaram antes de nós”, afirmou.
Sobre o seu mandato, o presidente declarou esperar que os números mostrem, em comparação ao governo anterior, a melhora de indicadores sociais e de infraestrutura, como o aumento de escolas, do salário mínimo e de estradas no país. Lula deu a declaração durante em cerimônia no Palácio do Planalto sobre o programa de otimização de contratos de concessões de rodovias.
O chefe do Executivo também afirmou que durante as eleições de 2022 tinha como objetivo trazer o Brasil de volta à civilidade democrática.
“Um dos meus desejos era trazer o Brasil à normalidade, à civilidade democrática, em que a gente faz as coisas da forma mais tranquila possível, sabendo que você tem adversário político, sabendo que você tem adversário ideológico, mas que de forma civilizada você perde e você ganha, você consegue fazer uma coisa e na outra vez não consegue”, declarou.
Concessões rodoviárias
No evento, o governo divulgou projetar R$ 110 bilhões em investimentos em infraestrutura rodoviária até 2026 com o programa de otimizações de concessões de rodovias.
A política de otimização foi instituída em agosto de 2023. O objetivo é garantir a modernização de concessões para corrigir defasagens técnicas e financeiras. A iniciativa vale para contratos “estressados”, aqueles com obras paralisadas e obrigações suspensas, que seriam alvo de nova licitação.