Política
Lula: "Tenho limite de briga com o governo americano"
Presidente disse que "não pode falar tudo o que pensa" e defendeu que o Brasil não é "uma republiqueta"

“Tenho um limite de briga com o governo americano. Não posso falar tudo que penso, falo o que é necessário”, afirmou.
Lula reforçou que o país não precisa se subordinar ao dólar e defendeu negociações em igualdade de condições.
“Os Estados Unidos são grandes, são os mais bélicos, mais tecnológicos, maior economia do mundo, mas queremos ser respeitados pelo nosso tamanho. Nós temos interesses econômicos, estratégicos. Não somos uma republiqueta”, continuou.
De acordo com Lula, a narrativa política por trás de sanções econômicas é algo "inaceitável" e, mais uma vez, reforçou que o Brasil é um "país de paz".
"Esse é um país de paz. Quem quiser confusão conosco, pode saber, não queremos brigar, mas não pensem: nós não temos medo", disse em tom enfático.
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"Eu gosto do PT, porque ele não fala fino com os Estados Unidos, e não fala grosso com a Bolívia. A gente fala em igualdade de condições com os dois. Essa que é a lógica da política".
No entanto, para o presidente, o partido ainda precisa de uma "direção mais exigente" para enfrentar as disputas eleitorais que virão em 2026.
"O mundo está mais complicado. Enfrentar a extrema direita era muito fácil quando a gente tinha o Fernando Henrique Cardozo na oposição. Era uma oposição civilizada. A gente até se chamava de companheiro. Agora não, agora os caras que estão disputando são inimigos e nos chamam de inimigos", afirmou.
Por isso, diz que se for candidato no próximo ano, vai ser para "ganhar".
“Eu para ser candidato, a Janja sabe disso, eu preciso estar 100% de saúde. Eu decidir ser candidato para depois acontecer comigo o que aconteceu com o Biden, jamais eu irei enganar o partido e irei enganar o povo brasileiro."