Brasil
O Ministério da Saúde atualizou seu balanço de vítimas do novo coronavírus no país nesta quinta-feira (19). Agora são 621 casos confirmados e 6 mortes de acordo com as estatísticas divulgadas pela pasta. Até quarta-feira eram 428 infectados com 4 óbitos.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que, com exceção da região Norte, há aumentos sistemáticos em todo o país e destacou o caráter nacional da doença no país.
“O que poderia ser um brote em uma região, em uma cidade, em uma localidade, parece que está aumentando em bloco em todos os estados. Parece uma coisa em relação a um cenário muito mais de característica nacional do que regional”, disse Mandetta.
“E isso deve ficar muito mais claro nas próximas semanas, o que vai aumentar, o que vai eventualmente alterar para mais ou para menos as nossas previsões de casos, nossa necessidade de fazer a expansão do sistema”, completou.
O ministro explicou, no entanto, que a característica da COVID-19 no país não é, ao menos por enquanto, de alta letalidade individual. Em São Paulo, por exemplo, onde foram registrados os primeiros óbitos, a taxa é de 1%. Ele explicou ainda 98% dos infectados "vão bem" e outros 2% são muito graves.
Mandetta alertou que "para cada um dos confirmados deve ter um número de não confirmados" e que os registros atuais "são só ponta do iceberg", o que justifica a necessidade de "se fazer travas", com restrições já adotadas.
"Estamos no pé da montanha. Vamos começar a subir agora. O que eu colocaria nesse gráfico [exibido na entrevista, com o número de mortes por região] é qual o percentual de subida. Como o vírus tem 14 dias, o que fizemos 14 dias atrás, com pico 7 dias atrás, é o que reflete", completou ele, em referência ao período máximo de incubação do novo coronavírus.
“Alguns estados, como Mato Grosso, não têm casos, mas devem manter a vigilância alta”, afirmou. Para o ministro isso pode significar que o vírus não está circulando na região ou que as autoridades de saúde ainda não detectaram a situação.
Mais casos
O estado de São Paulo continua como o principal foco da doença no país, com 286 casos e 4 mortes. Depois, vem o estado do Rio de Janeiro, com 65 casos e 2 mortes. Ao todo, 21 estados já registraram casos do COVID-19, dos quais ao menos oito com transmissão sustentada de novo coronavírus.
Pouco antes de o ministério divulgar os números, o governo paulista confirmou a sétima morte de um paciente com o novo coronavírus no Brasil, a quinta no estado. A vítima ainda não entrou na contagem divulgada pelo governo federal.