Política
Alcolumbre é pressionado para adiar PL da Dosimetria para 2026
Extensão de penas menores também para crimes comuns gera insatisfação até entre senadores oposicionistas
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), tem sido pressionado desde o fim de semana a adiar para 2026 a votação em plenário do PL da Dosimetria.
Até mesmo senadores de oposição manifestaram ao presidente da Casa Legislativa dúvidas sobre o projeto aprovado na Câmara dos Deputados, que concede benefícios também a crimes comuns.
A avaliação é de que votar a proposta, sem alterações no texto ou sem um debate amplo, levará o Senado Federal a ser acusado de promover a impunidade a outros crimes não relacionados aos ataques criminosos de 8 de Janeiro.
A expectativa é de que a insatisfação seja reafirmada em reunião, nesta semana, com os líderes partidários.
Uma hipótese sugerida é de que o presidente do Senado anuncie uma nova data de votação para fevereiro.
Assim, não gera insatisfação na direita, mas também garante uma votação que evite o benefício a crimes comuns.
Neste fim de semana, por exemplo, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) disse que a proposta contraria trechos do PL Antifacção.
A proposta atual reduz, por exemplo, período para progressão de pena para crimes ambientais, coação em processo e incêndio doloso.